20 de janeiro de 2007

Os Motivos de Daiana


– Mais café, querido?
– Não, esse café ficou fraco, e tá com um gosto esquisito. E mais, ficou pronto muito tarde, vou acabar me atrasando. Vê se amanhã tu faz mais cedo esse café. E dá um jeito nesse café aí, o gosto tá horrível.
Adriano levantou-se frio, calando-se por completo, e olhar entre o indiferente e o irritado. Andava assim nos últimos dias, desde que o filhotinho de cachorro que deu pra Daiane estragou seu sapato preferido. Daiane preferia fingir nem notar seus destratos, não valia à pena. Seria pior e os levaria a uma discussão onde coisas que não deveriam ser ditas fatalmente seriam ditas. Como as marcas que ela, havia dias, vinha notando em suas camisas e roupas, perfume barato que com certeza não era do tipo que ela usaria...
- Querido, esqueceu sua pasta!

Mais uma vez seu olhar mal humorado estampou-se até que pegasse a dita pasta. Mal Adriano ligou o carro, Daiane dirigiu-se ao quarto, num saltitar ansioso e ao mesmo tempo furtivo. Entre os rangeres de portas do guarda-roupas, destampou um pequeno compartimento oculto, de onde tirou uma sacola preta, e esvaziou-a sobre a cama. Uma enorme e sofisticada coleção de lingeries de muitas espécies. Dentre todas, parecia decidida, imediatamente desenrolou a preta, composta de um lindo espartilho, ligas, uma mínima calcinha quase inteira de renda, e meias de 7/8. Jogou-as sobre a cama, e encarou-se no espelho grande da porta do guarda-roupas. Mais uma breve olhada pela porta, certificando-se da partida do marido para mais uma jornada de trabalho que só terminaria ao início da noite.
Voltou ao espelho sorridente, como uma criança frente a um novo brinquedo. Seu sorriso largo, de uma boca majestosamente linda, dentes grandes e alinhados. Aproximou o rosto do espelho, e buscou as imperfeições que as mulheres sempre se recusam a aceitar.


As marcas do tempo. Ela se olhava fixamente, vendo que no auge de seus 27 anos, dava sinais de seu cansaço. Na mente, surgiam pequenas imagens de sua juventude, adolescência de dedicação grande ao trabalho, devido as poucas condições financeiras, e seus pais sempre tão conservadores. Seguiu o caminho de sua mãe, que com muito pouco estudo, fora oferecida pelo próprio pai ao noivo que ele mesmo escolhera, o de melhor condição financeira que se apresentou interessado. Sim, por incrível que pareça, ainda é a realidade de algumas jovens brasileiras como ela... Daiane.
Casou-se aos 17 anos, sem ao menos concluir nível técnico de ensino, com um homem de relativa posição, empregado de uma firma grande com muitas filiais, nas quais atuava como representante comercial. Ela notou sua ausência poucos dias depois de sua Lua-de-Mel, 4 dias após ter perdido a virgindade guardada como ouro pelo pai, viu o marido sair pela porta sem ao menos dizer quando voltava. E assim tem sido, há dez anos.

Bem, sua memória apenas dá uma cena de fundo a este momento solene, onde com um movimento rápido, foi cobrindo seu corpo alvo, de pele muito branca, quase transparente nas volumosas coxas que ia escondendo com o tom negro da meia de nylon que a cobria. O choque entre sua alvura e a lingerie era algo de divino. Seus cabelos estavam rebeldes, apesar de lisos, volumosos e inconstantes. Somente um coque os fez parar como ela gosta. Cabelos negros como o espartilho que ela agora ocultava sob um vestido simples, de poucas estampas, até o joelho. Tecido de estampas peruanas, de muito bom gosto, mas em nada remetia à sensualidade que ela escondia por baixo dele. Com pressa, olhando no relógio, ela correu até o ponto de ônibus, afinal, já havia perdido tempo demais, iria se atrasar.


A pequna viagem passou rápido, e um certo viaduto do centro de Porto Alegre, se aproximando, já mostrava que era hora de dar sinal para desembarcar. A pressa era tamanha que Daiane nem notou o carro que por centímetros não a atropelou enquanto atravessava a rua, em direção ao antigo prédio comercial de fachada muito bem pintada à sua frente. Algumas lojas na frente, uma porta bonita amadeirada que dava para um estreito corredor. O guardião da porta, um senhor de não menos que 65 anos, adormecido numa cadeira escondido atrás de um pequeno balcão, quase dera seu último salto, do susto que tomou com a entrada rápida de Daiane.
– Dona Jaque! Dona Jaque! – gritou o velho porteiro às suas costas, já próxima ao elevador.
Daiane quase não atendeu, pois por lapso, não atendeu por seu “pseudônimo”.
“Ah, meu Deus...! Jaque! Eu nunca me acostumo” – Pensou ela.
– Pois não, seu Jaison?!
– O Sr. Alves deixou comigo a chave, hoje é quinta! A “casa” está fechada pra um grupo só de clientes, só com a chave pra entrar!

“Fechada?! Hoje vai ser difícil...” – Pensou Daiane, que agora... era Jaque.
Já com a chave na mão, subiu ao terceiro andar, e depois de percorrer o longo corredor até o final, abriu a grade que interrompia o acesso a seus últimos 4 metros, antes de uma grande e bonita porta de madeira de lei, com uma única pequena abertura alta no centro, sem fechadura ou maçaneta. As três pancadas habituais, e e pequena portinhola já se abriu sob um olhar reprovador vindo de dentro.
– Atrasada menina. Entra rápido, a casa ta cheia.


Daiane, ou melhor, Jaque, entrou rápido, passando ligeiro pela sala, pequena mas aconchegante, com luz média e som relativamente baixo, vindo de um pequeno cd player ao comando de um grupo de homens de meia idade sentados pelos 4 sofás que pareciam ser os móveis mais importantes, e na mesa de centro muitas revistas masculinas, latas de cerveja, alguns baralhos já abandonados pelos jogadores, que no momento, dirigiam suas atenções as 4 ou 5 meninas que circulavam entre eles, dançando com pouquíssima roupa. Era apenas um apartamento, a decoração era bastante simples como a maioria das salas que se pode imaginar. Um pouco mais espaçosa, talvez, dando acesso a um corredor com meia dúzia de portas nas laterais, e uma ao final, para onde “Jaque” se dirigiu.
Lá, um pequeno, porém equipado camarim, tornou-se palco de uma incrível transformação, que trouxe “Jaque” totalmente à tona, em uma vibrante e forte maquiagem de tons vermelhos e azuis absolutos. Um forte batom negro cobriu os grossos lábios de Jaque, dando-lhe um tom irreconhecível, se comparado com a servil mulher de uma hora atrás. No lugar do simples vestido de estampa, um fino roupão negro de cetim, que apesar de seu caimento, nada tinha de transparência. Apenas seu caimento parecia revelar as generosas curvas daquela mulher tão meiga de uma hora atrás. “Daiane” desapareceu por completo no momento dos últimos retoques na maquiagem, frente ao enfeitado espelho. Mas o som da porta se abrindo interrompeu sua concentração.
– Vou te descontar esse atraso. Esse serviço de hoje é livre, não é por hora, portanto preciso de todas vocês. Cada minuto que tu perdeu é prejuízo pras outras meninas, te acerta com elas depois, Jaque. – o homem baixo, calvo, de camisa semi-aberta e muito colorida, parecia irritado e pouco disposto ao diálogo.
– Alves, me desculpa, perdi o ônibus, e... – indiferente, ele bateu a porta.

De volta ao espelho, Jaque conclui o de costume:
“Todos iguais. Sempre iguais. Sempre cretinos.”
Um gole de whisky nacional barato, direto na garrafa, e tudo pronto. A saída triunfal pela porta, encarando o corredor de portas cerradas, cujo o som que saia de seus interiores denunciava que o dia seria duro, causavam uma leve sensação de tontura e um breve calor no peito, todas sensações auxiliadas pelo quadrado gole de whisky quente descendo pela garganta. O drops de menta forte foi estrategicamente colocado na boca um pouco antes de chegar à sala, onde alguns dos homens presentes já a encaravam sorridentes, acenando para a coxa, num presumível convite para que ela sentasse em seus colos.
Aquele era um momento difícil. Jaque sempre tinha dificuldade de escolher em qual colo sentava primeiro. Sim, primeiro, pois fatalmente sentaria em vários. Era seguramente uma das meninas mais belas da casa, por conseqüência, uma das mais assediadas. As vezes se odiava por isso. Escolheu o mais velho. Era mais fácil de enrolar, menos apressado, bebia mais, falava mais, durava menos na atividade fim. Poderia matar completamente as primeiras duas horas ali, pois sabia que ele fatalmente iria querer parecer mais viril para os outros homens, por isso a manteria mais tempo no quarto, mesmo que não fizesse praticamente nada. Ela já conhecia bem esse velho vício masculino. Seria aquele o primeiro colo. Sorridente, jogou-se sobre ele, sob o olhar reprovador de Alves, que atrás do balcão, já fazia a contabilidade inicial da noite.

“Essa daí já tem todas as manhas pra trabalhar pouco e ganhar muito... Se não fosse tão gostosa eu já tinha mandado caminhar...” – pensava silencioso, com o olhar felino para o cenário caótico da sala fervente de ânimos e risadas. Sobre os sofás, muitos homens, aparentemente de uma mesma empresa ou escritório, numa comemoração cujo o motivo Alves ignorava. Afinal, pagavam bem. Com um lance alto fechavam o puteiro por dois turnos, entre 15 ou 20 homens, pelo menos uma vez por mês. Mas tinham disponibilidade plena das meninas, que não eram mais que 12, e hoje eram apenas 9 até o momento. Alves sabia que algumas delas não viriam, pois já tinham sido avisadas pelas “informantes” que o dia era dos piores, onde muito trabalhavam, e pouco recebiam a mais por isso. Nem viriam, ou viriam mais tarde, para se poupar o máximo. Quase todas casadas, universitárias, ou dedicadas fundamentalmente a outra atividade. Razões das mais diversas as levavam a estar ali. Mas um elemento era comum a todas: vontade própria.

Poucos minutos de apalpadas e beijos babados do velho, Jaque já fora puxada pela mão em direção a um quarto que desocupara. O velho puxava rápido, e ela entre uma passada e outra de mão, de outros homens sentados nos sofás, o acompanhou, mas foram barrados pela “faxineira”, que foi limpar o quarto antes da entrada do próximo cliente. Mas com um pequeno empurrão, foi afastada pelo velho, que ansioso, dispensou o serviço, estava afoito para usufruir sua bela Camélia. “Ai meu Deus, que nojo, quarto sujo é dose...” – pensou Jaque, já dentro, fechando a porta do recinto. A cama, no centro do quarto, ocupava quase todo o espaço. A luz, para sorte dela, era muito fraca. O cheiro, intenso. Cheiro de sêmen. Sêmen velho, resíduos de muitos dias ejaculações mal desinfetadas, ou limpo às pressas. Cheiro misturado com desinfetante de má qualidade, a base de amoníaco. Mas sabia que seu olfato se acostumaria antes que tudo acabasse.

A propósito, tudo já começara, e ela quase nem notava. Pelo hábito, já estava deitada, seminua, de olhar perdido enquanto o velho puxava, desajeitado, sua pequena calcinha. Tinha pressa.

Na mente, lembranças soltas, divagantes... A decoração de tons marinhos do quarto faziam Daiane lembrar da pequena piscina de plástico que ganhou aos 11 anos de uma tia da capital. Nessa época, no interior do RS, eram poucas as pessoas que tinham uma, pois eram caras, e sempre vinham da capital. Seu pai, sempre ocupado, custou a montar para ela se divertir no quintal de casa, e o dia que o fez, foi uma festa. Convidou todos os amigos da redondeza, não eram muitos, para virem com ela, estrear. No meio da brincadeira, lembra de ter tomado, do nada, um tapa forte na cabeça. E ao olhar de onde veio, outro na cara. O pai, enfurecido, ordenava:
– Vai esconder essas “mamicas”, guria! Bota uma camiseta agora e vai pra dentro!
Foi quando Daiana notou que despontavam seus pequenos seios. Seios que ela ficou olhando, curiosa, no reflexo de uma bandeja de inox que usava como espelho em seu pequeno quarto, onde estava agora de castigo. Sentia o rosto ardido do tapa, mas anestesiado pela curiosidade por seus pequenos mamilos, que tomavam uma forma tão diferente, pontiagudos, e que agora a obrigavam a usar camiseta para brincar na rua. Mas a ardência foi se convertendo, era agora justamente no mamilo esquerdo, e foi aumentando repentinamente, até faze-la despertar e notar... Era Jaque novamente.

O velho estava “se acabando”, já, tão rápido, aos solavancos desritmados entre suas pernas, e cravava-lhe os dentes no seio. Com jeito, ela tentou faze-lo diminuir a pressão, mas era inútil, ele mordia. E estremecia todo, despejando suas últimas energias na camisinha murcha, dentro dela. Daí aliviou.

A enrolação durou menos que ela esperava. Meia hora depois, e nenhuma palavra, ou agrado, ele já puxava as calças que ele nem se dera ao trabalho de tirar, estava arriadas até os joelhos, e se encaminhou pra porta. Saiu e bateu.
Delicadamente, ajustou-se, limpou-se como pode, retirando a camisinha que ele deixou jogada sobre seu ventre, sujando seu lindo e detalhado espartilho. Jogou-a sobre a outra ainda sobre a cama, provavelmente deixada pelo cliente anterior. Quem sabe até mesmo pelo “segundo” antes deles... – “Vai saber, essas faxineiras são muito porcas”...
No banheiro, coletivo para as meninas, três delas se amontoavam para preparar-se para a continuidade da jornada. Jaque pegou a fila para alcançar a pia, com um pedaço de papel higiênico na mão, limpando como podia o seu estimado espartilho. Mas iria manchar, ela tinha certeza. Antes de conseguir chegar à pia, já estava seco, parecia as mangas de um menino ranhento. Iria manchar, era uma pena. Mas os outros não notariam. Pena, seu espartilho era tão lindo... Pena que não conseguissem notar.
Nem bem chegava no centro da sala, um homem alto, cerca de 1,90m, provavelmente com mais de 120 kg, não de força, mas de um homem que provavelmente fora forte até os 45 anos, e que agora, com mais de 50, via suas formas caindo, puxou-a pela mão. Sim, ela voltaria ao quarto antes que esperava. Mesmo num convite para que tomassem algo na sala, ele estava convicto.
– Eu tava só te esperando, tenho que ir embora, mas não sem antes te comer um pouquinho, minha joinha!

– “Joinha?! Que péssimo, não acredito” – Claro, querido, vamos lá! – “Que bosta”

Pra não deixar que melhore, o quarto disponível ainda é o mesmo. Mas ao menos as camisinhas foram recolhidas. Enquanto empurrava a porta, um abraço intenso por trás de seu corpo a surpreendeu, e foi facilmente dominada pelo forte homem, de rosto enorme e nada atraente, dentes desparelhos e cheiro de cigarro. Ela a virou, e sem chance de recuo, beijo-a na boca. Quase num gesto de repulsa, ela barrou-o.
– A gente não beija na boca, querido! Vai que eu me apaixono! – diz ela, numa saída estratégica na tentativa de manter o astral alto.
– Eu já sou apaixonado por ti. Se tu quiser, te tiro desta vida, te faço ser uma mulher de verdade! – e foi avançando sobre seu corpo, vorazmente, beijando seu busto e empurrando seu corpo rumo à cama.
Antes ainda de tombar sobre a cama, Jaque buscava na mente de Daiana um ponto de fuga, uma lembrança que a tirasse daquela sensação de ser subjugada como mulher, e que ao mesmo tempo, quase lhe excitava. Um estranho paradoxo. – “Algodão doce! Isso, algodão doce!”
Ficou lembrando da sensação do algodão doce derretendo em sua boca na primeira vez que viera a Porto Alegre, a convite da mesma tia que lhe dera a piscina. Ela agora tinha 12 anos, e tinha “ficado moça”! Sua menstruação, por sorte, viera pela primeira vez durante uma visita desta querida tia, que insistiu tanto ao ponto de conseguir leva-la à capital para sua primeira consulta com um ginecologista. Dessas apenas pra verificar se tudo corre bem, ter as primeiras orientações. Mas o constrangimento que sentiu por ser examinada de forma tão íntima, ainda que por uma médica, lhe fez passar a hora seguinte muito carrancuda, envergonhada. E uma volta no singelo “Green Park”, dentro do Parque Marinha do Brasil, a fez esquecer completamente o “momento difícil”.

Seu primeiro algodão doce parecia a coisa mais gostosa que já provara, pois só tinha visto um na televisão. Daiane não imaginava que ele se derretia na boca, nem que fosse tão docinho, tão fugaz... Mas Jaque sabia que o que tinha em sua boca agora não estava ao comando de seus movimentos.
O homem era bruto, empurrava sua cabeça com força, chocando a glande contra sua garganta. E tinha um membro muito avantajado, sufocava até sua experiência e artimanha de relaxar a garganta para deixa entrar mais fundo. O controle que tinha para não ter ânsias de vômito durante as estocadas parecia estar à beira de se extinguir... Mas enfim, ele resolveu variar. Foi tentando submergir de volta nas lembranças que ela sentiu seu braço puxar sua cintura, virando-a de bruços, ajoelhando-ª O calor do ventre dele postando-se sobre suas ancas anunciava que seria rápido. Eles nunca resistem muito nessa posição, principalmente por que a beleza de suas ancas largas era grande, a fina penugem aloirada de suas costas, na altura da cintura, as covas que se formavam na parte posterior da cintura... Fazia os homens gozarem mais rápido.
Mas estava escuro. Ele não poderia apreciar tudo, não veria. Era uma pena, tão lindos os detalhes. Mas o que importavam os detalhes naquele lugar. Ele provavelmente já tinha estado com uma ou duas garotas antes dela, na mesma manhã ( se é que ainda era manhã, Jaque já havia perdido o controle das horas). Ela era a saideira, sentia. Sua ereção não era total, estava já perto do fim de sua resistência. Mas não o impediu de tentar o quase impossível. Uma penetração anal naquele estado.
A primeira tentativa veio seguida de um empurrão desajeitado e muito dolorido para Jaque, que esquivou-se instintivamente.
– Calma, princesa! Vou pôr devagarzinho em ti, tu vai gostar! – ela sabia que não ia não.
– Ta bom, querido. Coloca devagar, eu sou delicada...

Um início delicado, mas seu estado de meia ereção o deixava impaciente apressado. Alinhava a glande a entrada do ânus pouco estimulado de Jaque, pressionava um pouco, e estocava forte, na tentativa de que entrasse, por um ato de sorte. Escorregava para fora, dolorosamente.
– Tu ta apertadinha, por isso não entra! – terrível sentença, começou a enfiar os ásperos polegares mal lubrificados em seu delicado ânus, provocando não apenas dor, mas uma sensação horrível e desconfortável em Jaque. Já desatinada, ela foi em seu socorro.
– Deixa eu te ajudar – habilidosa, de quatro, com a mão passando entre as coxas e o ombro direito enterrado no colchão, levou a mão direita até o próprias ânus, massageando um pouco as pregas anais para aliviar a dor. Segurou o pênis ainda mais flácido que no começo da operação, com a mão lubrificada da saliva, e desalinhou da entrada do reto.
– Empurra, querido, devagar! Isso assim, ai, assim, devagar, ta sentindo? To me abrindo pra você! Ui, que gostoso! – Sorridente, de olhos cerrados e na escuridão, o grandalhão foi soltando um gemido, apoiado com as mão sobre o colchão, sem notar que se membro nem ao menos entrara nela. Estava comprimido na palma da mão da habilidosa gueixa, que mantinha-se na mesma posição.
– To, to sentido. Ahh, vou meter tudo!
– Tudo não, assim, senão eu não agüento, é muito grande! – com a mão fechada, mantinha-o fora de seu corpo, crente de estar dentro de seu reto, estocando ridiculamente na pressão da palma da mão de Jaque.
– Ahh, eu vou gozar, encher o teu cu de porra! Ah, rebola cadela! Aaahhh...!

E despencou, sem ao menos derramar três gotas de sêmen na camisinha. Já gozara muito por uma noite. Virou para o lado, e silencioso, sentou-se, vestiu-se, e foi rumo à porta. Jaque se perguntava... Onde estava o cara que se disporia a “transforma-la numa mulher de verdade?”

A fome avisou que a hora de almoçar se aproximava. Mas nos dias de “horário livre” não tinha hora de almoço. Muitos dos executivos que chegavam só tinham o horário do almoço para chegar e dar sua “galada” antes da jornada da tarde. Até as 15hs ela não tinha idéia de quantos ainda enfrentaria. Não mais que 5, estava determinada. Depois só enrolaria. Afinal, quem se importava se fosse “descartada” por Alves. Não precisava daquilo. Nunca precisou. Aliás, nem se lembrava por que razão foi parar ali. Algo lhe fazia sentir bem. Mas naquele instante, não conseguia lembrar o que lhe fazia sentir bem, ou lhe motivava a aturar aquilo tudo. Mas algo, em algum lugar, a fazia sentir-se bem. E ela se precipitou. Antes das 15:30hs, foram 7. Os dois últimos juntos, mas estavam tão bêbados.

16:30hs, e ela descia do lotação, na frente do canhão do Parque Marinha. Foi caminhando entre as árvores, até o Green Park, onde avistou o velho pipoqueiro, que tinha ao lado um sarrafo comprido cheio de pacotes plásticos com algodões doces espetados. Chegou próximo, e pediu o amarelo. Era o que mais gostava. Coçou o bolso, mas o troco que tinha gastou no micro-ônibus. Só as 5 notas de cinqüenta reais que o dia lhe rendeu ocupavam o bolso.
– Tudo bem, moça, pague amanhã, ou outro dia. Você é freguesa fiel, pode ficar devendo! – o sorridente velhinho voltou a remexer suas pipocas.

Mais alguns passos olhando as crianças brincando, um passeio de 30 minutos, e foi até o shopping em frente ao parque. Comprou uma caixa de bombons dos mais caros que achou, um café cortado argentino na cafeteria, um ou dois cds de músicas preferias, até perder-se numa loja de moda íntima, onde viu até o ultimo centavo ser gasto. Retornou à parada do ônibus. Com a sacola na mão, escondendo o nome da loja. Entrou no ônibus já cheio onde por umas quadras, notou que um jovem rapaz, de 16, 17 anos, a observava, atento. Constrangida, olhava de canto de olho, ele sempre a observa-la.

– Quer sentar, moça? – ele oferecia o lugar que acabara de vagar à sua frente, que ia em pé.
– Ah, obrigado!
Daiana sentou-se, admirada da educação do rapaz, tão polido, tão... Antiquado em relação aos meninos de sua idade! Olhou-p, e ele olhava sorrindo, educadamente e discreto. Notou que ele a apreciava, mas em nenhum momento, de forma desrespeitosa. Silenciosamente Daiana o observou, distraído...“Pena que vocês crescem, envelhecem, e viram porcos como todos vocês são...” – pensou, instintivamente.
Antes de 18:30hs, chegava em casa, trocando de roupas, e propositalmente, sem tomar banho. Olhou mais uma vez para o espartilho, agora bem mais manchado do que no início da manhã, e colocou-o numa sacola separada, enrolando no jornal, e jogando no lixo, como fazia com todos eles. “Nunca mais que uma vez” – pensou.
Quando sentou-se no sofá, para assistir a novela das 8, sentiu o corpo dolorido, principalmente a musculatura das virilhas. “Por que faço isso, meu Deus? Por que motivo gosto disso?” Ela não conseguia lembrar a razão de estar duas vezes por semana lá. Sentia o corpo fétido do suor dos últimos bêbados. Tinha nas coxas ainda resíduos de um deles, que nem conseguiu começar a brincadeira e já terminou. E a porta abriu-se, Adriano foi jogando a pasta sobre o sofá e tirando os sapatos na entrada da sala, deixando-os para trás. Afrouxando a camisa, foi para o quarto, depois de um curto “boa noite”. O Beijo veio bem depois, quando o jantar era servido. Sentiu a dor no mamilo que foi mordido, estava machucado. “O que me faz agüentar isso?”.
Logo após o jantar, meia hora de televisão, fora dormir. Na cama, Adriano, apesar de cansado, olhou pra ela.
– Hoje é quinta. Vem cá, deixa eu aproveitar, amanhã posso acordar mais tarde. Daiana foi tirando o pijama com o qual sempre dormia, silenciosa, e virando-se como ele gosta. De lado, de costas para ele. É sempre assim nas quintas-feiras.

– Isso, minha mulherzinha. Sente teu homem, sente. Ah... – os movimentos rápidos e laterais iam sempre deslocando todo o lençol. Daiane tentava segura-los um pouco, mas eles se soltavam, não adiantava. Era difícil arrumar depois que ele acaba. Era pesado, e dormia quase imediatamente... ‘Ah, sim... É por isso...” Em sua mente, lembrou-se o que a agradava nas quintas. Lembrava-se da infância, e não precisava arrumar os lençóis. E ele nem imaginava. Não sentia nela os cheiros de cigarros, sêmen, álcool, camisinhas... “Homens... Não são capazes de ver detalhes. Um espartilho tão lindo. Nenhum deles reparou...”

Outra Face de Minha Mulher

(ficção)

Me chamo Rogério, e casei cedo com Cris. Ela tinha apenas 17 anos, e eu 25 anos. Lembro como se fosse ontem de nosso namoro, o amor que sempre sentimos um pelo outro. Mas no fundo dos olhos dela sempre vi segredos, algo de misterioso que não pude entender na época, e como ela sempre foi um pouco calada, silenciosa, acabamos nunca conversando sobre isso. Uma mulher muito bonita, de aparência simples e delicada, tão branquinha, pequenina... Tem longos cabelos cacheados negros, que sempre adorei ver espalhados sobre o lençol branco de cetin que ganhamos de minha sogra no nosso enxoval. Hoje Cris tem 25 anos, e eu, já com meus 33, fui aprender que a vida não é como a gente pensa, ou como muita gente gostaria.

No início de 2005 fiquei desempregado por mais de seis meses, e acabamos enfrentando algumas dificuldades financeiras, o que atrapalhou muitos planos nossos. Tivemos que repensar o filho que planejávamos ter até o final de 2005, pois já estávamos endividados pelos dois anos seguintes. E fatalmente, Cris teve que começar a trabalhar. Revirando os classificados, achamos um escritório contábil, ela tinha noções de secretariado, e acabou indo fazer uma experiência. Eu, de meu lado, fui me virando, fazendo “bicos” como garçom, coisa que eu particularmente odiava. Mas a necessidade nos ensina a suportar. Passaram-se aproximadamente dois meses

Certo dia, cheguei em casa antes do previsto, sabia que ela sairia para trabalhar em menos de meia hora. Quando entrei em casa, ela estava no banheiro, e não ouviu a chave na porta. Logo pensei em fazer uma brincadeirinha, e dar-lhe um susto. Foi quando vi tocar o telefone, e atendi rápido para que ela não escutasse, e fiquei em silêncio, apenas para ouvir quem falava, se não fosse nada sério, desligaria sem atender, e daria seqüência na brincadeira. Porém, diante meu silêncio, ouvi uma grossa voz masculina:

- Oi, sou eu – Fez-se uma pequena pausa, e eu não reconhecia aquela voz - Alô... Alô... Não pode falar? Ela está por perto? Todo bem, só vou avisar então. Vem com a aquela vermelha. Vou me atrasar uns 20 minutos. Até. – E desligou.

Fiquei alguns instantes pasmo. Não conseguia nem mesmo pensar, pois não fazia o menor sentido. O desatino era tamanho, que nem ao menos tirei o telefone da orelha, ficando aquele zumbido de sinal de linha até cair o sinal de ocupado. E eu, que momentos antes planejava dar um susto em Cris, fui surpreendido por ela, que saia do banheiro enrolada numa toalha, bastante admirada ao me ver alí parado com o telefone na mão.
- Chegou cedo, querido! Quem era no telefone? – Sua voz tremeu, pude sentir que ela aguardava aquela ligação. Fervi por dentro, mas disfarcei.
- Engano, amor. Fui liberado mais cedo hoje. Vais trabalhar normalmente? – Perguntei desajeitado, por não saber o que dizer.
- Claro que sim, por que não trabalharia?
- Só pra saber. – e dei um sorriso, tentando parecer normal, e notando que ela estava levemente nervosa.

Nem bem ela foi ao quarto vestir-se, fui rapidamente em sua bolsa, mas não achei nada diferente, exceto um estojo de maquiagens, coisa que ela nunca foi e usar. Mas me mantive calmo, procurei não pensar nisso. Esperei ela se vestir, fui natural, e fiquei na cozinha preparando algo para comer, como se nada diferente me ocorresse. Ela me deu um beijo, e foi para a parada do ônibus, que ficava umas duas quadras de nossa casa.
Pela primeira vez nesses 8 anos, desconfiei de Cris. Deixei o lanche sobre a mesa, assim que ela saiu, e muito discretamente, fui atrás dela. A vi embarcar no ônibus, e corri até o ponto de taxi na pracinha na frente da parada. Pedi o motorista que acompanhasse o ônibus de longe. Estava disposto a gastar bastante para descobrir o que estava acontecendo.

Ela de fato desembarcou no escritório, que era dividido entre dois advogados e dois contadores. Ela entrou rápido, e eu aguardei uns 10 minutos, para depois entrar também. As salas eram separadas, e a dela era a mais do fundo. Disfarçadamente, fingi que queria falar com o advogado da sala mais da frente. Entrei na sala, que era toda de divisórias de vidro fosco, não era possível identificar fisionomias nem dentro, nem fora. Mas foi possível observar que ela não saiu mais da sala desde o momento em que entrou. Consegui enrolar o advogado por mais de meia hora, até que ele começou a notar que eu realmente não tinha nada sério para tratar. E acabou me dispensando, alegando que tinha casos importantes para estudar.
Saí de sua sala, mas fiquei ali pela recepção por mais um tempo, até ver a porta por onde Cris entrou abrir, e me ocultei discretamente. Vi que ela saiu e entrou no banheiro, que era coletivo, do lado de fora. Logo depois dela, saiu o contador pra quem ela trabalhava. Era um homem de uns 45 anos, levemente grisalho, trajava um terno quando entrei, mas agora, estava somente de camisa e calça jeans. Não era a mesma calça de quando cheguei. Ficou claro. Ele passou por mim na recepção, perguntou se eu já tinha sido atendido. Era a mesma voz do telefone horas antes.
- Sim, já fui atendido, estou aguardando o Doutor aí - apontando para a porta de onde eu saí.
- Está bem, se precisar de um bom contador, não esqueça de me procurar. – E me passou um cartão de visita. Meu sangue fervia.

Eu chegava a sentir náuseas. Mas rapidamente fui até o escritório dele, aproveitando que ele tinha saído para a rua, e que Cris estava ainda no banheiro. Dei uma olhada rápida por cima da mesa, podia sentir um cheiro forte no ar. Algo tinha acontecido alí. Olhei para a lixeira, e entre papéis amassados, uma camisinha usada, marrada com um nó. Quase caí e joelhos no chão, uma dor aguda e profunda, e destruição total da mínima esperança que eu tinha de estar enganado. O destino era cruel comigo me permitindo ver aquilo acontecer. Desatinado, agachei-me, e juntei a camisinha do lixo, sem pensar, e coloquei no bolso do casaco. Saí ligeiro, pra não ser visto, praticamente correndo, e fui pra casa.

A sensação era desoladora, comecei a imaginar o que eu faria, se daria uma surra nela quando chegasse... Mas nem mesmo sabia fazer isso. Pensei em manda-la embora, ou em ir embora. Mas nada parecia próprio naquele momento. Enfiei a mão no bolso sem lembrar o que tinha nele, e ao sentir os dedos em contato com o látex da camisinha, foi impossível conter as lágrimas. Chorei de forma compulsiva. Não podia imaginar minha linda menina me traindo, transando na sala ao meu lado com um desconhecido. Tirei a camisinha do bolso, já desprovido de nojo. A sensação de derrota era tão terrível, que seria capaz de comer bosta sem sentir o gosto.

Ergui a camisinha na frente do rosto, estava cheia de esperma. Muito cheia. Ocorreu-me de forma bizarra o tamanho do prazer que ele sentia. Notei que era uma camisinha maior que o normal, muito grande. Olhava o esperma escorrendo de um lado ara outro ali dentro, remoendo minha dor de homem traído. Mas algo de estranho foi acontecendo.

Eu já estava havia 3 horas deitado naquele sofá, pensativo. E lentamente aquela dor toda foi se esvaindo, até se tronar um leve cansaço. Desânimo, indiferença. Mas não mais tristeza. Era estranho. A camisinha ainda era usada quase como um terço, onde eu esfregava o polegar contra o indicador. De repente, com olhar perdido no horizonte, senti o líquido já frio escorrer por entre os dedos, mel nado minha mão e minha perna. A camisinha arrebentara de tanto ser manipulada. Aproximei a mão dos olhos, e senti o forte cheiro de sêmen, e a dor invadiu-me o peito de forma devastadora. As lágrimas explodiram, e tive convulsões de tanto chorar.
- “Como ela pôde, como foi capaz...!” – com as duas mãos no rosto, como se fosse possível esconder de mim mesmo minha vergonha, mal pude perceber que misturava a gala de outro macho com minhas lágrimas. Num reflexo incompreensível, comecei a morder os dedos melados, provocando dor, sentindo por entre os dente, o gosto daquela gala que destruía minha dignidade.

Já eram quase 8 da noite quando ela chegou, com um olhar indiferente, me cumprimentando de forma rotineira. Eu já estava refeito, apesar dos olhos muito inchados.
- Amor, você chorou de novo...! Eu sei, querido, eu sei. Estar desempregado não é fácil, mas a gente vai superar essa, a gente vai conseguir – dizia ela, abraçando-me carinhosa. – A gente já passou por coisas terríveis, mas não é isso que vai nos desanimar. Estou trabalhando, pelo menos, o mínimo não vai nos faltar, eu te prometo.

A sensação que me invadiu foi a de humilhação e alívio... Toda a minha raiva reverteu-se em amor explosivo e forte, agarrei Cris pelo maxilar, e beijei-a como havia anos que não beijava. Senti raiva novamente, durante o beijo, mas fui forte, não deixei transparecer. Momentos depois, eu ignorava o que ocorrera, de forma estranha, nem eu mesmo explicaria. Procurava em mim a culpa pelo que aconteceu, ou mesmo, procurava alguma chance de aquilo ter sido um engano meu.

Depois da janta, fomos pra cama, ela se disse muito cansada, justificou-se dizendo que tinha colocado em dia o arquivo inteiro do Chefe. Mas fui persistente na clima de sedução, queria procurar detalhes. Ela, aos poucos, foi cedendo, mas tentou de todas as formas evitar que eu lhe fizesse oral. Disse que teria usado uma “pomada”, que poderia estar com um “gosto estranho”. Senti ali que minhas chances eram quase nulas de estar enganado.
Ela estava deitada de costas, ensaiávamos um papai-e-mamãe. Não aceitei sua recomendação, e fui descendo por seu ventre. Vi que neste momento, ela virou o rosto para o lado, tentando puxar minha cabeça de volta. Segurei suas mão e fui descendo. Ceguei na sua vagina e,mesmo após um demorado banho, pude sentir o suave cheiro do preservativo que ela... de fato usara. Era estranho... Eu estava ali, chupando a vulva de minha esposa algumas horas depois de ela ter sido comida por outro cara, isso me dava voltas no estômago. Mas eu não parei. Senti, com os olhos apertados, lágrimas escapando. Mas não deixei que percebesse, iria ser um segredo, por hora. Senti na língua o gosto característico de pequenos machucados, esfoladinhos provavelmente ocorridos na penetração, e por causa da camisinha, que sempre “trava” um pouco. Meu coração parecia trêmulo, uma sensação amarga na boca do estômago. Senti que as paredes da vagina dela estavam largas. Subi até seu rosto, e olhei em seus olhos. Vi ela tomada de um medo terrível, disfarçado num sorriso tímido.
- Querido, disse que estou com pomada, não disse?
- Sim, Cris. Eu sei. – não fui capaz de dizer outra coisa, seu sorriso me seduzia
- Vem pra mim, vem meu amor – disse ela, um pouco nervosa, abraçando-me e escondendo o rosto na minha face.

O angulo fez naturalmente a penetração acontecer, mesmo ela não estando lubrificada. Não estava excitada, eu podia sentir. Pois estava nervosa, tentando disfarçar o indisfarçável. Meu pênis entrou fácil, e provocou a lubrificação rapidamente. Sentia que ela estava muito larga, praticamente arrombada. Eu quase não podia sentis as paredes de sua gruta me acolherem, fiquei imaginando o tamanho do membro que poderia deixar uma mulher assim... Ou então, a forma como poderia... Não sei explicar as razões, mas senti-me excitado com aquilo tudo, apesar de humilhado. Comecei a estocar sem controle, abandonando meu jeito carinhoso que sempre foi próprio de mim. Desordenadamente, minha pélvis chocava-se com a dela, e em menos de 10 minutos, eu já estava esvaindo em orgasmo, sem ao menos importar-me com ela... Quando me ocorreu, senti culpa, mas logo tomou-me a lembrança de que provavelmente ela já tinha tido alguns naquela tarde. Senti-me um lixo.

Adormeci rapidamente, não queria ver o rosto decepcionado dela. Preferi esquecer aquele dia, tentando acordar de manhã com outras coisas na mente. Mas, adivinhe, a primeira lembrança que tive, foi a cena da camisinha cheia de porra daquele cara. E dele me dando seu cartão. Que cretino, minha menina, tão meiga e delicada... Era sua... Sua puta, no escritório. Manhã difícil.

Quando fui ao banheiro, com a costumeira ereção matinal, tive vontade de fazer algo que havia muito que não fazia... Me masturbei. E inevitavelmente, me vinha à mente a construção da cena de Cris sendo comida por aquele cara no escritório. Me alucinei de pensamentos inaceitavelmente obscenos, aumentei o ritmo da masturbação até que... Vi meu sêmen jorrar na parede, e escorrer pelos azulejos brancos estampados. Algo estava me transformando... E isso não acaba aqui.

Depois do episódio do banheiro, senti uma vergonha enorme ao me olhar no espelho. Parecia não fazer sentido tudo o que estava acontecendo, muito menos as coisas que eu sentia. Resolvi dar um tempo, deixar as coisas como estavam, não me sentia pronto para tomar uma decisão. Decidi não contar a ela que sabia, e esperar um momento certo pra chutar o balde de uma só vez.
Na mesa do café, fiquei olhando ela ainda de pijama, silenciosa como normalmente é. Tentava imaginar se na cabeça dela ocorriam lembranças do que aconteceu na tarde do dia anterior. Parecia tão séria, tão calada. Como se não pensasse em nada senão naquela xícara de café que fumegava em sua mão.
Sua pele tão alva, tão delicada. Aqueles cabelos tão cacheados. Seus seios pequenos, bicudos, ainda lembravam os de uma menina na puberdade. Tinha cara de criança, parecia mais jovial do que quando casamos. Seu mamilos espetavam o pijama semitransparente, e seu olhar distraído não nem me notava à sua frente, já me excitando como que via. Me ocorreu então que havia muito tempo que eu não me sentia excitado apenas em observa-la. Aquela situação toda, apesar de tão constrangedora, tinha um lado místico. Minha mulher dando pra outro cara, eu fingindo que não sei, e de uma hora para outra, começo a sentir mais tesão por ela. Era muito estranho.

As horas passaram rápido, ela preparou o almoço, despediu-se e foi trabalhar. Naquele dia, comecei a planejar como faria para saber a quanto tempo aquilo vinha acontecendo. Não tive trabalho neste dia, não estava fácil arrumar uma vaga de garçom não profissional. Acabei tendo o dia para planejar. Saí no horário habitual, à procura de empregos. Cheguei a ser entrevistado numa empresa, achei que poderia se abrir uma porta, e encerrei o dia cedo.

Nem 3 da tarde, fui voltando pra casa para fugir daquela tarde terrivelmente quente. Desembarquei do coletivo e fui rumo à nossa casa, e qual não foi minha surpresa quando me deparei com um carro estacionado na frente de casa. Nossa vizinhança toda sai durante dia, e retornam somente à noite. Logo concluí que para Cris não seria difícil frequentar nossa casa com o amante sem jamais ser denunciada. Mas não contava nem um pouco com meu retorno mais cedo. Saquei de cara.

Entrei discretamente no quintal, contornando a casa silenciosamente. Resolvi entrar pela área, pois não seria ouvido por ela... Ou melhor... Por eles. Quando me aproximei da porta, escutei as vozes, estavam próximos demais da área, tive que me esconder. Uma pequena janela que ventilava a cozinha me serviu de observatório. Pelo canto da cortina vi o inimaginável, que tentarei descrever:
Seu cabelos cacheados, soltos e esvoaçantes, cerca de 15 centímetro de distância de onde eu estava. Estava debruçada por cima da pia com a cabeça baixa. O espaço da cortina não me permitia ver muito, tive que ir me posicionando para ver a cena por completo. Um som estranho, ritmado, parecendo um desentupidor de pias numa pia cheia de água. Pela resta da cortina, só enxerguei o cabelo, parte das costas de Cristina, e um braço de homem, ora agarrando seus cabelos, ora segurando-a pelas costas. Ele agarrava com muita força as costas dela, pois ficavam as marcas avermelhadas que iam esbranquiçando, de seus dedos afundados na carne dela.
O som era perturbador, fiquei totalmente zonzo. Os solavancos dele contra o corpo dela sacudiam toda a pia, fazendo com que as panelas dentro do armário ficassem se batendo.
- Vai sua puta, vai! “Güenta” essa vara, vai! “Güenta”! Tá doendo? Tá? É pra doer mesmo, vou te arrombar todinha, minha putinha!

Me anojei completamente com a cena, minha vontade era entrar lá e acabar com aquele cara, e cheguei a me preparar para entrar, totalmente trêmulo. Estava disposto a matar aquele cara... Mas foi quando ouvi a voz dela em resposta ao que ele disse, e voltei a espiar:
- Tá, tá... Isso, mete tudo então, mete, vai, forte, mais forte.. Aahh, mais forte, seu cavalo, mais forte!

E um estalo forte fez com que por reflexo eu cerrasse os olhos num instante. O tapa que ele desferiu na sua delicada bundinha branca era quase desumano. Arregalei os olhos de tão desesperado com a situação, fiquei atônito... Outros dois estalos se seguiram, e um forte grito ela, bem conhecido por mim, me anunciaram que minha interrupção não seria bem-vinda... Ela gozou, e os tapas foram a causa de seu clímax. Meu corpo amoleceu, achei que e fosse cair no chão, incrédulo. Um silêncio de quase um minuto se fez. E ela rompeu com sua voz doce, atirada por sobre a pia. Ele, eu não o enxergava. Não era possível, e eu tinha medo e afastar a cortina e ser visto.
- Seu puto, me deixou toda marcada, já te disse pra não fazer isso!
- Eu sei que tu gosta princesa, não te faz de santa. – disse ele, sarcástico.
- Claro que gosto, mas não me deixa marcada, tá? Olha aí – dizia ela, ainda debruçada, apenas olhando para trás.

Neste memento, consegui achar uma posição que me permitiu vê-lo, de camisa aberta e calças arriadas. Ele segurou a base do pau, provavelmente pra segurar a camisinha, e foi puxando. Ela deu um gemido baixou, e tão logo ele terminou de tirar, virou-se rápido, se ajoelhando aos seus pés. Por um instante, deu-me uma visão estarrecedora... o membro do cara era enorme, devia ter uns 20 cm. Mas isso era o de menos, sua grossura era anormal, parecia uma garrafa, não imagino que cara de admiração eu fiz. Cris, aos seus pés, foi tirando cuidadosamente a camisinha dele, que estava muito apertada e esticada.


A camisinha rasgou-se na tentativa, e pude ver os esperma dele espirrar no corpo e rosto dela. Ela simplesmente começou a chupa-lo, abocanhando com alguma dificuldade aquela imensa vara.
Toda a minha sensação de tensão parecia ir sendo anestesiada, como se eu estivesse finalmente me conformando com aquilo. Mas foi e súbito que me peguei alisando meu próprio pau, que estava duríssimo. Mas me condenava por isso, não devia me excitar, pois me envergonhava. Num instante, baixei os olhos, observando o estado de ereção em que eu estava, e era inacreditável. Mas, para meu desespero, tornei a olhar pela cortina, e dei de cara com ele, que abriu a janela. De sobressalto, caí de costas com o susto.
Nem bem caí, pus-me a correr, quase de quatro, tentando me levantar. Não queria ser visto por Cris, então corri o mais que pude, passando o portão e descendo a rua. Vi que dentro do quintal ele ainda tentou me ver, mas não pode, corri muito. Provavelmente não me identificou.
Numa sensação mista de desespero, tristeza e excitação, sentei-me por uns instantes numa praça no fim da rua. Não sei precisar, mas devo ter ficado por lá quase duas horas. Decidi ir para casa, determinado a pegar minhas coisas e ir embora. Me sentia totalmente humilhado e frustrado. Ao chagar perto de casa, não vi mais o seu carro, apenas o portão aberto. Quando adentrei a cozinha, encontrei Cris, tomando tranqüilamente uma xícara de café. Olhei para o chão, e ali pude ver a umidade do pano que ela acabara de passar para limpar a porra do cara, que tinha escorrido enquanto o chupava, com ódio olhei para ela determinado a acabar com a farsa. Mas ela abriu um largo sorriso, num caloroso cumprimento.
- Oi meu amor! Como foi teu dia? Quer um café?
- Não, obrigado, Cris. Temos que conversar...

- Sim, temos mesmo, aconteceu uma coisa agora a tarde. E estava aqui na cozinha, me chefe veio até aqui comigo para te esperar chegar, tem uma proposta e trabalho para você! Mas olha só, estávamos aqui na cozinha, preparando um café – fiquei imaginando se ela me contaria exatamente o que aconteceu – mas de repente, pegamos um moleque dentro do nosso quintal, espionando pela janela. Ele saiu correndo quando o vimos, mas tomamos um susto! Não sei se não roubou alguma coisa do pátio, depois você dá uma olhada.
- Ah, sei... – murmurei baixinho, vendo minha raiva crescer cada vez mais. Ia desferir o ataque, mas de repente, reparei no que ela falou... - Mas... Como assim? Trabalho?
- È, uma proposta de trabalho pra você! Ele ia te esperar chegar, mas pintou uma emergência, ligaram, e ele teve que sair antes. Mas amanhã, vamos comigo até o escritório, e ele te apresenta uma proposta de trabalho lá.

Uma idéia abominável me ocorreu, e eu tive vontade de gritar. Estaria Cris fazendo isso apenas pra me conseguir um trabalho? Será que ela se submetia a coisas tão baixas por causa de nossa dificuldade financeira? Antes de tomar qualquer medida, resolvi dar um pouco mais de tempo. Dois dias se passavam desde que descobri a jogada toda, mas preferi manter-me gélido por mais alguns.
Concordei com ela, mas não consegui mostrar qualquer sinal de satisfação. Ela pareceu não importar-se tanto com minha indiferença. Parecia mais preocupada com o “moleque da janela”. Então, sentei-me à mesa, e tomei um café para ver se relaxava um pouco, quando ela então, notou meu rosto bastante inchado das lágrimas que eu derramei sentado no banco daquela praça, minutos depois de vê-la sendo “currada” pelo meu “futuro empregador”. Ela sentou-se ao meu lado, perguntando se eu estava bem, se eu queria que me fizesse alguma coisa.
- Não, Cris. Você já fez até demais- sim, eu consegui até mesmo ser irônico diante da minha própria desgraça como homem.

Mais tarde, já perto da hora de dormirmos, fui à cozinha tomar água, e vi no chão as marcas do pano que ela usara para limpar todo o esperma que vi, com meus próprios olhos, serem derramados sob seu rosto e corpo. Tomei aquela água como quem engole um balde de pedras. Me avivaram na mente as cenas de suas expressões de prazer. E fica imaginando, será que ela realmente sentia prazer naquilo? Ou realmente estaria fazendo somente para procurar, ao seu modo, um trabalho para mim. Me ocorreu que seu grande desejo de ser mãe estivesse movendo aquele instinto de criar um modo de termos mais dinheiro. Isso me deprimia, pois me fazia sentir fracassado como homem. Por outro lado, comecei a lembrar das suas palavras: “Isso, mete tudo então, mete, vai, forte, mais forte.. Aahh, mais forte, seu cavalo, mais forte!” – Aquilo só podia ser prazer, impossível que não fosse. Sua expressão, o jeito que mordia os lábios... Aquele negócio enorme enfiado nela... Quando dei por mim, flagrei-me alisando meu pênis dentro da cueca, a única roupa que eu trajava para dormir. Parado na cozinha, com o copo vazio na mão. Estava com o pau completamente duro, e não me perdoava por estar sentindo tesão com coisas bizarras como aquelas.
Virei-me, no intuito de jogar uma água fria na cara e ir para a cama... Mas com o susto que tomei ao deparar-me com Cris, a meio metro de mim, cheguei a trancar o soluço.
- Querido, demorou tanto, vim ver se tu estás bem!
- Sim... quer dizer, tô, eu só tava com sede – um nervosismo me tomou, comecei a gaguejar...

Seus olhos foram percorrendo meu corpo, com um olhar muito sem-vergonha, e não consegui esconder minha ereção.
- Hum, o que temos aqui?! – disse ela, com um sorriso safado, já levando a mão em meu pau.
- Olha, eu nem sei por que estou assim, eu...

Não cheguei a terminar, ela me calou com um beijo, e começou a alisar meu corpo todo. Encostou-me na mesa, ajoelhando-se aos meus pés. Não foi possível deixar de lembrar da cena dela na mesma posição com aquele cara... que aliás, eu nem bem sabia o nome dele. Eu não sabia nem se nome, mas já sabia até tamanho de seu pau dentro de minha mulher... Que horror, e pensava isso enquanto Cris enfiava meu pau em sua garganta, mais fundo do que nunca fez. “estava praticando”- Pensava eu, sem conseguir evitar. Mas, ao invés de brochar, coo pensei que aconteceria, senti-me ainda mais excitado.

Puxei Cris por seus cabelos cacheados, e beijei sua boca, agora com o gosto de meu tesão, e acabei deitado no chão duro da cozinha, com ela sobre mim, fazendo um 69. A cena estava muito interessante. Eu estava com o tórax entre suas pernas, ela montada sob meu peito, chupando meu pau de forma voraz, como jamais fizera antes. Era gostoso, por momentos, esqueci todo meu dilema e minha dor. Cris parecia uma mulher estranhamente melhor e mais carinhosa. Sobre me rosto, sua vulva, que eu arregaçava com as mãos, enfiando dentro dela minha língua inteira, estava aberta, arrombada, e novamente, toda machucada. Tinha um aroma suave de morango artificial, imaginei que fosse da camisinha. Enfiei nela meus dedos, das duas mãos, indicadores e médios, forçando suavemente a abertura sob meu rosto. Ela gemia forte, e eu senti quase raiva, imaginando se sentia mesmo tanto prazer com aquilo, ou se preferia o pau enorme daquele cara entrando nela. Abocanhei sua vulva, deixando seu clitóris sob minha língua, massageando. Ela gozou rápido. Dei alguns intentes, e virei o rosto, para respirar melhor e tomar um pouco de fôlego. Vi seu joelho exatamente sob o local onde passou o pano no chão.

Minha mente estava confusa. Eu não sabia que rumo tomar a partir daquele momento. Mas sabia que era melhor dar tempo ao tempo, pois comecei a notar que muita coisa não era exatamente como as pessoas contam. A vida tem surpresas terríveis, e a pior que tive, até então, não tinha sido a traição de Cris, nem mesmo os motivos que a levaram a me trair...Mas sim a minha forma de conceber, e até... de me excitar com tudo aquilo...

As 13:30 estávamos chegando ao escritório do excelentíssimo contador, e procurei ser o mais natural possível quando ele sorriu para mim, sentado naquela confortável cadeira atrás da mesa simples, com uma antiga máquina de escrever e uns papéis desorganizados sobre ela. Ao meu lado, Cris, com um sorriso radiante, parecendo uma menina. Agora, já devidamente apresentado, os Sr. “João Paulo” foi receptivo, e apertou-me a mão com força.

- Bem-vindo, Rogério. A tua esposa chegou a referir-se muito a ti, disse que és um bom motorista. E preciso de um bom por aqui. Na verdade, de alguém também com habilidades administrativas, para auxiliar no escritório todo, que na verdade é uma sociedade de profissionais do Direito e da Contabilidade. À propósito, você não me é estranho, não esteve aqui outro dia?
Gelei com a pergunta, pois não saberia como justificar para Cris minha “visita” ao local.
- Não, tenho uma aparência comum, muita gente me acha parecido com alguém – e um sorriso amarelo seguiu a piada infame...

Ele olhou para os papeis e documentos que Cris me fez levar, e fez uma demorada pausa, lendo-os atentamente. Meus olhos buscavam no ambiente os locais mais provável onde costumava comer minha mulher. Vi uma poltrona ao lado de umas caixas granes de papelão, ainda embaladas em plástico, a uns 2 metros da cadeira onde eu estava sentado. Imaginei que ali era um provável lugar de deleite dele com minha linda esposinha, e decidi que daria um jeito de ver isso acontecer, mesmo sem saber o que faria.
Olhe para o rosto redondo de Cris, que olhava atenta e sorridente para os gestos dele ao averiguar meus documentos e referências, até que ela mesma me interrompeu:
- Responda, querido!

De tão perdido em meus pensamentos, nem notei que ele me chamava, perguntava detalhes sobre meus documentos. Respondi, e em seguida, mergulhei novamente nos meus devaneios. Refletia sobre aquilo tudo, e até que ponto eu suportaria tal humilhação.

Duas horas uma hora e meia depois, eu assinava um contrato de experiência de trabalho, como motorista particular da “Sociedade”. Minha função era buscar e levar os clientes importantes do escritório, e os próprios sócios quando precisassem, o que diga-se de passagem, não era um trabalho ruim. Pagariam bem, mais do eu ganhava antes, e dava-me horários maleáveis. Seria um emprego ótimo naquela situação financeira em que me encontrava, não fosse minha certeza de estar dando minha mulher em troca da oportunidade. Mas incrivelmente, já não me sentia tão perturbado.

Quase uma semana se passou, e nada mais parecia ter acontecido entre Paulo e Cris. E nada mais aconteceu entre Cris e eu também. Conforme o tempo passava, comecei a sentir mais ciúmes, as lembranças das cenas que vi pareciam me atormentar mais e mais. Porém, certo dia, consegui enganar Cris e Paulo, pois saí para levar um dos Advogados para uma cidade vizinha, mas antes de sairmos da cidade, a reunião para onde íamos foi cancelada.

O distinto sócio decidiu que não trabalharia mais aquele dia, e ficou em casa, próximo do local onde recebemos a ligação cancelando. Pois bem, fiquei com o resto da tarde livre, e com o carro disponível para mim. Deixei o carro num estacionamento próximo do escritório, e fui pra lá discretamente, à pé. Sabia que era a situação perfeita para os dois. Era uma sexta-feira, início de tarde. Normalmente só João Paulo trabalhava neste dia e horário. Os outros apenas até sexta pela manhã. Quando entrei no pequeno prédio, fui direto para a sala de limpeza, onde tinha convicção de que não seria notado. Meus dias trabalhando lá, entre uma saída e outra, acabei descobrindo um modos de abrir uma passagem entre as divisórias da sala de Paulo, e tinha acesso por trás da estante de livros. Ali tinha um vão, por onde era possível espiar tudo o que acontecia lá dentro.

Eu passei mais de dois dias estudando um modo de espiar por ali sem ser visto. Lembrando-me do modo em que os observei em minha casa, coloquei no vão uma pequena cortina semi transparente. Por trás da prateleira era impossível que me vissem. Já na sala, afastei silenciosamente um tonel plástico que deixei obstruindo para não ser percebido pela faxineira, e posicionei-me. Nada vi, mas escutava vozes baixas, sabia que ele estava ali, apesar de não poder enxergar. O ângulo dava para o sofá que antes descrevi, e para a mesa, poucas partes da sala ficavam escondidas de minha vista. Fiquei encafifado, procurando descobrir onde estavam. Quase dei um salto com a surpresa da porta da sala de faxina abrindo-se. Estava muito escuro ali, eu deixei a luz apagada pra não ser visto, e arrepiou-me quando imaginei o momento em que acendessem a luz. Não sabia quem era, mas provavelmente era Cris. Ouvi o som do interruptor ser acionado, e cerrei os olhos, descrente de minha desgraça.

Qual não foi minha surpresa ao ver que a luz não acendeu! O som se repetiu, duas, três vezes.
- Merda, tá queimada a lâmpada – escutei e bom tom, na voz de Paulo – Entra mesmo assim, acho que aqui tá bom.

Outra voz respondeu à dele, e era a de Cris. Por isso não os via, estavam fora da sala, logo em frente. E agora, entravam ali, a menos de três metros de mim. Ele a puxava pela mão, eu podia vê-los bem, tinha uma luz forte no corredor. Fiquei agachado atrás de um grande galão de plástico azul, e fui deixando-me escorregar com as costas encostadas à parede, o mais silencioso possível. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo...
- Ai Paulo, ta muito escuro aqui, e tem cheiro de mofo! Tem certeza que quer fazer aqui?
- Fica quieta, piranha. Sei que tu gostas dum canto escuro, vem cá!

Só pude ver o rosto anojeado dela, desaparecendo conforme ele empurrava aporta para fecha-la. Quando a porta cerrou-se, apenas respirações fortes se podia ouvir. Ele balbuciava coisas ininteligíveis, e ela a todo o momento reclamava do lugar. Uma profunda pena se instalou em mim. Minha certeza de que ela fazia aquilo por seus instinto maternal, se submetia à aquilo para permitir-se ter um filho, e dar-me um emprego... Parecia loucura, mas habitava minhas certezas. E a maior de todas as loucuras, apesar de humilhado e fracassado, eu sentia... Tesão, meu pênis endurecia mesmo com minha tristeza mais profunda.
- Ta, ta, tira isso – ele era grosseiro com ela o tempo todo – Anda, tira. Chupa aqui, anda. Chupa.

Era uma sensação insuportável, aquele cara nojento tratando ela daquele jeito, a poucos metros de mim, e eu sentindo-me um fracassado, paralisado, e pior... Com a mão enfiada dentro das calças, como um guri de 11 anos espiando a babá no chuveiro. Me sentia revoltado, nauseado... e excitado.
-Chupa, mulher. Chupa que eu sei que tu gostas – ouvia-se a voz, embargada e rouca dele, entre os sons dela sufocando – chupa, puta. Até o saco, chupa.

Eu não os podia ver, mas escutava ela sufocada. Ele provavelmente estava sentado no chão, encostado à parede, como eu, só que do outro lado do cubículo sujo e cheio de trastes. Pelo que imagino, empurrava a cabeça dela pra afundar o mastro enorme que tinha em sua garganta. Me remoia de pena dela, imaginando o quanto aquilo devia ferir seu corpo e seu orgulho doce, que eu conhecia bem, por todo o tempo que nos unia.Mas de repente...
- Ah, seu filho da puta! – A voz dela, que parecia ter se libertado dos empurrões dele contra a vara que a enterrava na garganta – Cretino, cavalo!

Sons de tapas, e os vultos na escuridão, que aos poucos se dissipava, e me dava mais visão do que acontecia. Ela dava tapas na cara dele, e virou-se de costas pra ele, ficando quase de quatro.

- Vai, seu cavalo. Mete na tua puta, mete. E dá na bunda da tua égua, dá. Mas dá forte, com força, seu filho da puta. De molenga já estou farta. Bate!

E os sons da mão dele explodindo nas nádegas dela só não cobriam seus gemidos. O mundo parecia ter passado correndo ao meu redor. Não acreditei no que ouvi. Ela, a mulher que sempre amei e dediquei todo o meu carinho... Traía-me, e não apenas fisicamente. Agora, era moralmente. Espiritualmente. Meu ódio virou terror em um único segundo. E meu pênis duro em minhas mão, pareceu morrer de desgosto, brochando junto com meu coração. Tive que levar minha mão ao rosto, segurar meu nariz, tapar minha boca. Não queria ser ouvido chorando.
Os minutos que se seguiram pareciam horas. A desilusão borbulhava dentro de mim, ao som dos solavancos do corpo daquele cara, que não me soava muito mais cretino do que Cris, contra o corpo dela. Não me encorajei a olhar, mas sabia que agora estavam em papai e mamãe. O som era descontrolado, eu escutava os impacto desritmado do corpo dele contra o dela, o som de molhado. Ela dizia todos os tipos de blasfêmias possíveis, e ele não fazia por menos.

- Sua puta, vagabunda. Adoro comer teu rabo e te mandar pra casa toda doída praquele corno tratar.
- Isso, come meu rabo, come, vai. Goza dentro do meu cu...

Fiquei perplexo. Durante 8 anos juntos, tentamos anal umas três vezes, ela sempre desistia, pois dizia sentir muita dor. Aquela não parecia ser ela. E de fato não era. E aquele, com certeza não era eu. Estava tudo errado, e senti, neste momento, que só havia uma pessoa errada naquele cubículo.

Era eu. Durante anos, me neguei a acreditar que há coisas dentro das pessoas, como havia dentro de mim, inacreditavelmente me sentindo antes excitado com tudo o que via acontecendo. Sempre me neguei, neguei minha natureza de homem submisso, que sentia prazer vendo o prazer de alguém com minha mulher. Não era mais hora de me negar, assim como não era mais hora de negar que Cris também escondia dentro de si uma mulher que eu não conhecia.

Mas porquê? Por que não me mostrar de outra forma? Por que não me chamar e conversar? Era óbvio. Eu jamais fiz nada para quebrar aquele silêncio profundo e misterioso, achava “característico” dela. Eu fiz Cris não confiar em mim, e ela tornou-se uma devassa às minhas costas, e agora, perdia o controle de tudo, me apunhalando e humilhado não apenas minha virilidade... Mas também o meu amor. Sim, uma decisão nascia de mim agora. E ao som dos urros do João Paulo gozando aos solavancos nela, sequei do meu rosto a última lágrima que derramaria por ela.

- Ai, Paulo... Tu me encheu toda de porra, olha aí! Vai manchar o meu vestido. Seu cavalo, olha só! Vou ficar escorrendo por meia hora – palavras duras, frias... pareciam não combinar com ela, sempre tão educada e sutil

Ele permaneceu em silêncio. A penumbra agora, me permitia ver quase com facilidade, ele levantar-se do joelhos, sacudindo a enorme verga sobre ela, como se acabasse de urinar no banheiro. E foi puxando as calças que estavam arriadas até as canelas. Ela foi se levantando arrumando o vestido erguido, um seis de fora, espremido pelo meio pelo soutien. Cris foi saindo na frente, a a porta entreaberta lançou nos meus olhos um forte feixe de luz, quase me cegando. Ele foi saindo, empurrando apressado ela pelas costas, e num segundo, ela que virava-se para ele, sorrindo, correu o olhar sobre o meu, iluminado lá ao fundo por uma fina faixa de luz que apenas naquele segundo, iluminara meu olhar inchado e vermelho de lágrimas.

A perplexidade e o terror tomaram o rosto dela em apenas um segundo, olhando-me de boca aberta. Ele, que não me vira, continuou a empurra-la, fechando a porta, e a cena pareceu acontecer em câmera lenta... O olhar aterrorizado, como se visse um fantasma, sumindo no vão da porta que se fechava.
Ouvi a voz dele sumindo, provavelmente foi levando-a ao escritório, indiferente ao silêncio aterrorizado dela. Ouvi a porta do banheiro abrir e fechar, ele provavelmente foi “se limpar”. Levantei-me, reunindo o pouco de forças que tive, e saí. Ao passar pelo corredor, vi Cris estacionada, paralítica, parecia congelada, me olhando como se sentisse muito medo. Meu olhar foi provavelmente do mais absoluto desprezo. Fui para o estacionamento, indiferente, e peguei o carro da firma. Levei-o até em casa, e dentro dele coloquei tudo o que era de Cris. Absolutamente tudo. Voltei ao escritório com o carro, deixei-o na frente, e chamei Cris, que veio, silenciosa, pálida e aterrorizada.
- Querida... Meu endereço não é mais seu endereço. E meu amor não é mais teu. Hoje estou cansado demais pra me sentir enfurecido, vou te dar a chance de desaparecer de minha vida, de minha vista, e de minha memória. Tudo o que aconteceu, desde o início, está registrado. O moleque na janela de casa, aquele dia, era eu. Sei de tudo e registrei tudo. Tua família vai ser a primeira a ficar sabendo de tudo, teus amigos, os próximos, se não sumires sem dizer uma só palavra. Desapareças, de verdade.

O telefone tocou as 15 horas de Sábado. Mas eu, detraído na internet, quase não notei.
- Alô, Rogério? Eu tava quase desistindo rapaz! Ta em casa?
- Sim, é claro, esse é meu telefone...!
- Claro, claro, que tonto eu sou...rs... Bom, garoto, sabe duma coisa, eu tava aqui, olhando tua ficha. Tu és quase formado em contabilidade, te faltam o quê, dois, três semestres? – Algo na voz do Dr. Júlio, sócio majoritário da firma, me fazia estremecer...
- Sim, tranquei ano passado, desempregado, sabe minha história, né? – Procurei ser desembaraçado, superando minha natural falta de autoconfiança.
- Ta bom, olha, aquele João Paulo é um palhaço mesmo, irresponsável, acho que a única coisa útil que fez foi te contratar mesmo. Faz duas semanas que ele deu um pé na bunda daquela secretariazinha que ele mesmo arrumou pra ele e desapareceu, dizem que por medo do marido dela. Vai fechar um mês e vamos mandar ele passear. Precisamos de alguém pra dar uma mão no setor dele, quebrar um galho, só até arrumarmos alguém, mas olha... Queremos que voltes a estudar, ajeita as coisas por aí, te ajudamos no que for preciso, e quem sabe, em um ano, poderás integrar a equipe, humildemente no começo, mas quem sabe até crescer coma gente.
- Mas Sr Júlio, eu... Nossa, não sei se sou digno de tanta confiança, eu...
- Deixa de ser bobo rapaz, conheço pessoas confiáveis a primeira vista. E se tivesse entendido que era de um emprego que precisavas, aquela vez que esteve em minha sala, teria sido diferente. Mas é tempo de oportunidades rapaz. Abraces a sua!

O telefone desligou-se, e eu, descabido de contente, sentia que promovido de um simples motorista a assistente contábil... Parecia uma ilusão! Mas era real, por determinação. Voltei ao MSN, a moça do outro lado parecia exigir minha atenção, e retomei o assunto:
- Então, gostas mesmo de ménage?
Fim... (Início de uma nova fase para Rogério)

Sedução Secreta à pedido do Marido (Parte2)

Já era tarde, cerca de onze da noite, quando o celular chamou e pude identificar. Era Andréa. Estranhei a hora, ela não costumava ligar tão tarde do celular, pois estaria em casa aquela hora, e afinal, tinha convicção de que seu marido nada sabia sobre o que vinha acontecendo. E outra, já fazia quase um mês e meio que não fazia qualquer contato. Imaginei que ela poderia estar confusa, arrependida, e que não me procuraria mais. Atendi.
- Sim? – Atendi discretamente, para não dar errada.
- Oi, Rick... Sou eu, Andréa. Sei que faz tempo que não ligo... Queria saber como tu estás. – ela parecia hesitante, insegura
- Estou bem, querida, estava preocupado contigo. Tentei te ligar umas duas vezes no celular, mas como não atendeu, nem retornou, imaginei que não quisesses me ver por hora!
- Rick, não é isso, adorei o que aconteceu, mas fiquei pensando, meu marido não merece isso, tem sido tão bom comigo, tão carinhoso, acho que não sou capaz de fazer isso com ele. E se continuar te vendo, não vou conseguir parar.

Eu compreendia perfeitamente o que ela sentia... Aquele jogo de Antônio era de fato arriscado, ela estava sofrendo um pouco... Mas de certo modo, parecia estar também numa esfera de sedução que curtia muito. Um feixe de sentimento de culpa quis começar a se instalar em mim, mas resolvi ser determinado, e dar continuidade ao projeto de Antônio, e seduzir Andréa novamente.
- Andréa, eu te entendo, sei que estás te sentindo culpada pelo que aconteceu, mas penses... Não estás fazendo qualquer mal a ele. Muito pelo contrário, eu sei que tu és a mulher mais dedicada que um homem pode querer, e que o ama muito. Acho que mentir pra si mesmo é a pior de todas as mentiras, e que deveríamos conversar sobre isso pessoalmente.

- Pois é – disse ela, deixado uma pequena pausa no ar – Por isso te liguei. Estou sozinha em casa, ele foi à formatura de um afilhado. Pensei, quem sabe, se quiseres dar uma passada aqui. Mas olha, coisa rápida, só pra conversar um pouco – Senti sua voz trêmula, deve ter passado longas horas até conseguir tomar coragem de me ligar com aquela proposta.

Combinamos para dali meia hora, apenas o tempo de eu me vestir e ir. Avisei minha mulher, e saí em seguida. Já na rua, liguei para Antônio, para coloca-lo ao par da situação, não queria deixa-lo chateado, ainda mais indo a sua casa sem seu prévio consentimento. Mesmo sendo um “cafajeste”, eu era um cafajeste honrado...rs
- Antônio, é o Rick. Seguinte, estou indo a sua casa, Andréa me ligou, está um pouco... Carente... Tudo bem pra você?
- Sério? Ela te ligou? Não acredito! Cara, faz assim, vai lá. Se sentir que algo vai acontecer, deixa a porta dos fundos aberta, fica do lado do banheiro da cozinha, não vai ser difícil. Tô dando meia volta aqui, quero ver o que vai rolar.

Fiquei um pouco desconcertado com a idéia, mas quem vai à chuva, por certo se molha.
- Ok, Antônio, eu chego lá em meia hora. Considere o tempo de esquentar as coisas também, não sei se rolará algo. Mas vem cá, e tua Formatura?
- Que isso, rapaz, não tem formatura nenhuma, eu tava levando meu afilhado a um puteiro, pra ver se o moleque vira macho duma vez! E Andréa sabe disso, deve ter ficado com vergonha de dizer. Largo ele lá e vou pra casa escondido, tá?

Ficou claro pra mim. Andréa ficou enciumada (coisas de mulher), e sentiu vontade de se soltar também. E eu me tornara seu recurso. Que engenhoso!
Cheguei lá rápido, ela já aguardava na janela, abriu o portão eletrônico com o controle, e me fez sinal para entrar pelos fundos. Perfeito! Oportunidade para seguir as orientações do Antônio.

Passei pela porta entreaberta, Andréa parecia nervosa, imediatamente após minha entrada, colocou a cabeça para fora, olhou para os lados, como quem procura observadores ocultos naquele enorme e seguro quintal. Ao virar-se, deparou-se comigo já em cima de sua silhueta, rosto a rosto, quase a beijando. Uma pausa no olhar dela estabeleceu-se, parecia hipnotizada, vi um ar de “moleza” em sua expressão. Sorri, e recuei – “Desculpe-me. Foi o impulso...”
Sem qualquer pudor, fui entrando em direção ao que imaginei ser a sala, e sentei-me no sofá, cruzando as pernas. Ela levou um minuto pra se recompor, e entrou no jogo. Veio lentamente até a sala, passando direto por mim, que sentava de costas para a entrada, sem olha-la até o momento em que passou retorcendo seus quadris naquele BabyDool, que diga-se de passagem, mostrava que Antônio e eu não éramos os únicos “mal intencionados” nesta noite.
- Tu me pareces bem a vontade, né? – disse ela, irônica – Ia te oferecer algo pra beber, mas acho que tu mesmo pode se servir, não é mesmo?
- Claro – disse eu, já levantando, rumo de volta à cozinha – o que preferes?

Antes que respondesse, fui até a porta e destranquei rápido, pra que não percebesse. Voltei até a porta da sala, e ela já vinha rumo à cozinha.
- O que tu tens, que estás diferente hoje, hein Rick? Tá muito descarado!
- Imagina – dei um sorriso safado, em tom de ironia, disfarçando o que na verdade era puro nervosismo meu – apenas quis te dar uma face diferente minha. Acho que não se interessou o suficiente pela outra, resolvi ser diferente...rs
- Acha mesmo que não me interessei pela tua “outra face”? O que faz aqui, dentro de minha casa então? Chegou por acaso? – Um sorriso maroto lhe enfeitou os lábios lindos. A morenisse daqueles cabelos me encantava. Estava com um corte diferente, provavelmente fizera permanentes, pois notava-se pequenos cachos já quase desfeitos, devia ao estremo de lisura que eram seus cabelos.

- Não vou esquecer tudo o que aconteceu, por mais que eu tente. E não quero que te sintas culpada com o que houve. Jamais vais ser relapsa com teu marido, sei disso. E ele sempre será feliz em ter uma mulher como tu és. – eu falava a verdade, a experiência de fato fora algo ímpar. Ela era uma mulher majestosa na cama, e tinha potencial demais para ser uma mulher comum, de desejos reprimidos e subordinada a um casamento convencional.
- Rick, tu é muito safado mesmo, no que tu me transformou! Não consigo mais tem tomar um banho sem ter vontade de me masturbar... Tu não presta, safado.

Suas afirmações nem chegaram a ser respondidas, pois ela avançou sobre mim e me agarrou. Seus beijos pareciam enlouquecidos, agarrava minha camisa e puxava, me trazendo em direção ao sofá. Seu BabyDoll era de cetim rosa claro, muito gostoso de tocar, e escondia uma calcinha pequenina, também rosa, com pequenas rendas brancas, parecia uma bonequinha, com aquele pequeno e gostoso corpo. Deitou-me de costas, atravessado sobre o sofá, montando em meu abdômen, e desabotoando minha camisa. Uma das mãos já percorria, muito gostosa, os pelos de meu peito, numa carícia maravilhosa. Sua mão estava fria, provavelmente tinha suado de nervosa com a situação. Foi rápida, ávida, arrancou minha cinta sem tomar conhecimento dela, abrindo minha braguilha e enfiando, sem pudor algum, a mão dentro de minha cueca.
Meus olhos fechados já imaginavam em que altura estava Antônio, tudo aconteceu muito rápido, e eu torcia pra que nada desse errado. Seria muito constrangedor se ela o visse nos observando de algum modo.
Quando dei por mim, sua saliva quente, excessiva, já me encharcava o púbis e virilhas, ela adorava chupar assim, bem molhado. Agarrei Andréa pelos cabelos, na base da nuca, firmemente, e trouxe sua boca até a minha. Como caia bem o gosto do meu corpo naquela boca, era impressionante.

Virei o jogo, deixando-a por baixo de meu corpo. Fiquei entre suas pernas, bolinando seu corpo inteiro, e fui me livrando de seu Babydoll sem piedade alguma. Um pouco atrapalhado ainda com minhas calças, que estavam arriadas até o meio das pernas. Arranquei-a, e retomei minha posição. Sentia meu pau muito duro. Esfregando nela, em suas coxas, no tecido áspero da renda da calcinha. Quase me machucava, pois ela estava ansiosa, se contorcia toda.
- Ai meu Deu, aqui não – disse ela, afoita, e me empurrando pelo peito.

Ah, aqui sim, bloqueei seus pulsos, e ajoelhei-me ao lado do sofá, mantendo-me entre sua pernas, e as coloquei sobre meus ombros, agarrando fortemente seus pulsos. Com os dentes mesmo, afastei sua calcinha, embrenhando-me por baixo dela, deixando minha língua escorregar para dentro de sua gruta encharcada de tesão. Não sei que por que razão, a selvageria tomou meus instintos, e a chupei como um animal faminto, sugando de dentro dela cada gota do tesão mais intenso que podia sentir. Seu gemidos foram intensos, cheguei a estranhar sua falta de discrição, o que era incomum.
Ergui o corpo, e fiquei esfregando meu membro bem duro nas suas coxas, e em sua vulva. Tive que contrariar todos os meus impulsos pra não penerta-la ali, direto, sem camisinha, mas fui forte e contive-me. Passei meus braços em torno de sua cintura e suspendi seu corpo, com as pernas agarradas ao meu quadril. Seu corpo leve e esguio favoreceu muito a posição, e ela se agarrou com toda a força ao meu dorso, sussurrando ao meu ouvido: “me leva pro quarto...”
Obediente, aos beijo foi conduzindo ela nesta posição. Alguns choques contra os marcos da porta na entrada, mas tudo bem, joguei-a sobre a cama. Mais alguns amassos, e levantei-me, ordenando que ficasse como estava, eu ia buscar minha carteira que ficara na calça, na sala. Vi que ela enrolou-se nos lençóis, o que me garantiu que não levantaria. Me encaminhei à cozinha, para verificar a porta.

Ali chegando, verifiquei, permanecia como estava, nada indicava que Antônio tivesse chegado. Quase morri do coração quando me virei para voltar, apressado, pois meu pênis duríssimo solicitava encarecidamente o calor daquela vulva, ao deparar-me com aquele rosto espião, por de trás de um marco de porta de uma pequena dispensa na cozinha. Antônio olhou-me sorridente:
- Cara, como ela, vai, come bem gostoso. Vou ficar olhando vocês, escondido.
- Tá, mas com cuidado, não deixa ela te ver – disse eu, ainda trêmulo do susto que tomei

Voltei rápido para a cama, já não tão excitado como antes, quase brochei com o susto. Mas a cena que presenciei quando voltei me fez voltar rapidamente ao estado de excitação total. Ela estava deitada de costas, com as pernas bem abertas, se masturbando, e me olhando com a cara mais safada que já vi.
- Olha pra mim, Rick. Olha. Olha a sem-vergonha que tu me fez virar. Me masturbo todos os dias desde que fez aquilo comigo. Vem cá, sente meu gosto, sente. Lambe o mel do meu tesão.

Fiquei absolutamente alucinado, jamais imaginei ver aquela mulher, sempre tão recatada, se comportando daquela maneira. Coloquei-me sobre a cama entre as pernas dela, acariciando seu ventre, e acolhi sua vulva já totalmente melada entre meus lábios, num beijo lascivo que parecia não ter fim. Ela gemia, puxando meus cabelos e apertando meu rosto contra vagina, como se quisesse me enfiar inteiro para dentro dela. Agarrei seus pulsos novamente, e serpenteei seu corpo até colar nosso peitos já suados. Beijei-a, e num movimento quase brusco, virei seu corpo de bruços, mordendo sua nuca com firmeza, mas com carinho ao mesmo tempo. Fiquei deitado sobre ela por uns instantes, sentindo meu membro escorregar-lhe por entre a coxas, por trás, até quase tocar sua vulva.

Discretamente, olhei para a porta, e vi uma silhueta furtiva nos observando. Senti que haveria problemas, ele estava muito ansioso por ver sua mulher sendo possuída. Seu tesão já estava lhe tirando o bom senso, e concluí que eu precisava intervir, pra evitar uma situação muito, mas muito constrangedora para todos nós. De repente, uma idéia quase mágica verteu-me, quando senti minha glande umedecer-se no tesão de Andréa, que gemia e rebolava descontrolada, pedindo pra ser metida. Eu ia vendá-la.

Agarrei Andréa pelos cabelos, de forma firme, quase brutal, prendendo-a no travesseiro. Ela gemeu de tesão, mostrando total submissão. Com a outra mão, tirei a fronha do outro travesseiro, dobrando-a em forma de fita, e vendei seus olhos. Ela deu um sorriso maroto, adorou a idéia.
- Isso, meu querido, faz de mim o que quiser, sou toda tua, vai, me usa!

Vi que a idéia foi bem-vinda, e a penumbra nos deu toda a cobertura necessária. Mal viu o que fiz, Antônio adentrou ao quarto, pra apreciar de perto sua esposinha safadinha sendo comida por mim. Coloquei-a de quarto, e Antônio parou ao lado da cama, olhando bem de perto. Como um marido liberal que também sou, sei bem do prazer que se sente ao ver a própria esposa abocanhando o pênis duro de um homem que está morrendo de tesão por ela, e dei este privilégio a ele. Posicionei-me em frente a ela, que tateava para achar meu corpo. Não demorou para encontrar o rumo de minha vara, endurecida em suas mãos. Fiquei em pé sobre a cama, ela de joelhos, começou a mamar como um bezerro faminto. Fazia barulho, deixava escorrer a saliva, que pingava sobre o colchão. Antônio não se absteve de aparar com a mão a saliva da esposa, levando-a imediatamente a boca. Olhei para ele, e sorri. Mal podia identificar-lhe as expressões, por conta da penumbra a que meus olhos aos poucos se acostumavam. Assim ficou Andréa por instantes, sendo observada fazendo aquela safadeza toda, bem de perto, pelo marido que se deleitava com a cena.

Ainda em pé, tirei meu pau de sua boca deliciosa, todo molhado, e comecei a esfregá-lo por todo o seu rosto, enquanto ia contornando seu corpo. Fiquei às suas costas, alisando seus seios, e beijando seu pescoço, enquanto ia vestindo o preservativo. Antônio, ajoelhado no chão, e apoiado na beira da cama, observava o mais próximo possível. Quase nos tocava as vezes. Ajoelhei-me atrás dela, e fui puxando seus quadris, trazendo sua xoxotinha, toda molhada, de encontro à minha vara, que em breve seria acolhida calorosamente por aquele delicioso corpo. E assim foi. De quatro, praticamente sentada sobre meu colo, agarrando minhas coxas por trás, Andréa rebolou até desfalecer de tanto gozar. Seu descontrole era óbvio, ela não conseguia conter o orgasmo, sua excitação era grande demais. Mal conseguia aproveitar as sensações, pois gozava rápido demais, descontrolada.

Deitei-a de bruços, e sobre ela, comecei a rebolar junto com seus movimentos, sentia meu pênis escorregadio, escapando constantemente para entre suas coxas, e ela totalmente encharcada, colocava-o de volta para dentro do corpo apenas com os movimentos. Estava dominando bem o próprio corpo, mais solta do que na primeira vez que transamos. Olhei para Antônio, ele agora se masturbava, um pouco mais afastado. E eu tinha medo que ele acabasse gemendo, e entregasse o ouro, mas procurava ser mais barulhento que ele, para cobrir-lhe falhas.

Suados, nossos corpos escorregavam, deslizavam gostoso um no outro, e neste ritmo, virei o corpo de Andréa para mim, fazendo um papai e mamãe delicioso, beijando muito sua boca. Aliás, o beijo é algo que me fascina, por vezes, mais que o próprio sexo. Meu pênis pulsava dentro dela, e ela fazia movimentos de contração, provocativa, com um sorriso safado, seguido de um “biquinho” convidativo e sacana.

Me enlouquecia, e eu viajava entre os dois planos... Estava tenso e cuidadoso, para que ela não visse a realidade em torno de si, e totalmente excitado, quase descontrolado e entregue ao desejo. Ia aos dois pólos de um segundo para outro.

Não demorou a Andréa dar-se conta que ali já se havia passado quase duas horas, preocupou-se com a possibilidade da volta de seu marido.
- Querido, meu marido deve estar a caminho de casa. Goza na tua fêmea, goza! E vai embora daqui, seu safado!

Foi impossível conter meu riso, quase convulso. Aproximei a boca de seu ouvido, e questionei:
- Ah, é assim? Sou só um objeto sexual na tua mão, que tu mandas embora a hora que bem entendes, é? – logicamente, eu estava sendo irônico, e ela não fez por menos.
- Por acaso acha que não? Tu é meu puto, e eu agora sou tua puta. Ninguém mandou fazer isso comigo, agora vai ter que fazer meu jogo, senão...
- Senão...? – provoquei.

Sem deixar que respondesse, virei novamente seu corpo de bruços, meio de lado, com rosto voltado para o lado esquerdo, oposto a que Antônio estava. Ergui o corpo, mantive-me ajoelhado, em posição tântrica, deixando meu pênis escorregar inteiro pra dentro de seu corpo. E assim iniciei uma seqüência de fortes estocadas, até sentir que o orgasmo fluiria. Naquele instante, vi que ela gozaria, era inevitável. Ou melhor, não era, parei de imediato, para que ela não gozasse! E disse isso aos seu ouvido.
- Não, não vais gozar pela quita vez, não vou deixar...
- Ahhh, não faz isso, não para, seu cachorro!
- Não – continuei – este orgasmo pertence ao teu marido. E é com ele que terás.

Eu já estava à beira da ejaculação, livrei-me da camisinha, e masturbando-me, derramei meu sêmen sobre suas costas, respingando os lençóis, os cabelos de Andréa, e tudo o que nos cercava. Foi uma gozada muito forte, creio que pela circunstância toda, acabei superestimulado. Ela ria-se toda, ficava se contorcendo, gargalhando a ponto de arrepiar-se.

Estava adorando aquilo tudo, e revelava-se uma mulher muito diferente da recatada que sempre fora, até então. Fiz sinal para que Antônio saísse do quarto, a sensação do orgasmo se dissipando de meus sentidos parecia trazer-me de volta a uma arriscada realidade até então suavizada pelo tesão que predominava. Ele, antes de acatar-me, veio até a beira da cama novamente, pé pó pé, fitando quase de cima a cena de minha gala escorrendo das costas de Andréa.

Ela nem poderia imaginar que aquele prazer todo, o que ela mais desejava esconder do marido que amava, era de forma quase idêntica o prazer dele também. Ao observar a cena, ainda embriagado pela sensação do gozo, cheguei a sentir um pouco de remorso, por estar enganando aquela tão magnífica mulher. Meu coração desejava que pudessem, os dois, ainda convergir seus desejos.

Antônio retirou-se, apressado, furtivo, e foi para a rua. Imaginei que tivesse deixado o carro longe de casa, pois não o escutamos chegar, provavelmente retornaria para o carro. Dei-lhe uns instantes, para sair, e fui distraindo Andréa, beijando-a, acariciando-a de forma romântica e carinhosa. Tirei sua venda, dei-lhe um beijo, e comecei a me vestir. Ela também, tratou de colocar suas roupas para “aguardar” o marido. Ela não parecia a mesma. Determinada, simplesmente ia me “tocando” para que saísse rápido, debochada, irônica, dona da situação. Eu realmente fora “usado”, e só eu sabia o quanto. Despedi-me, e saí, já mais de 02:30 da manhã.

Apenas dei a volta na quadra, e fiquei a espreita. Nem 10 minutos de espera, e Antônio já encostava o carro. Não colocou nem para dentro da garagem, desceu, afoito, e bateu na porta da frente. Ela abriu em seguida, vi que traçaram algumas palavras que não podia escutar, pela distância, mas ele foi afoito a beija-la, e ela pareceu muito desconcertada, mas não conseguiu evitar.

Ele entrou, e ela, antes de bater a porta, olhou, preocupada, para os lados, com a cabeça para fora da porta, como que querendo se certificar que eu não fora visto. Ma sabia ela o quão de perto eu tinha sido observado por seu amado marido...rs

No dia seguinte, a já habitual ligação em agradecimento de Antônio, contando-me que teve uma noite maravilhosa com ela, e que ela cumpriu minha sentença, guardando para ele o “5º” orgasmo da noite. Confessou também que teve muita vontade de contar a ela seus desejos, mas que lhe faltara coragem. Fiquei mais esperançoso, creio que não está longe o momento em que poderei dar aos dois o prazer de desfrutarem da consciência um do outro. Seguimos assim confidentes, Antônio, eu, e Andréa, onde à espreita, ocupo pacientemente o topo desta “pirâmide” amorosa. Abraços aos dedicados apreciadores do prazer alheio!

Seduzindo Secretamente a Pedio do Marido

Teclando pelos chats da vida virtual, conheci distinto cavalheiro, muito inteligente, culto e agradável de ter-se uma boa conversa. Estranhei sua abordagem, e de antemão deixei claro que não tinha interesses homossexuais, até para evitar constrangimento o para não parecer grosseiro. Foi então que deixou-me claro que ele também não tinha este interesse. Como sou um apreciador de uma boa conversa, principalmente com pessoas de boa cultura, fomos encontrando identificações, tantas suficientes para que ele me contasse uma fantasia que tinha.

Antônio, que é como vou chama-lo, sempre desejou que sua mulher tivesse um amante, mas jamais teve coragem de contar isso a ela. Até por suas características conservadoras. Contou-me que ela era divinamente linda, se chamava Andréa, tinha 28 anos, dona de um escultural corpo, morena clara, cabelos negros, lisos e longos até a fina cintura. Só pude crer em sua discrição ao receber a foto que ele me enviou... Fiquei pasmo! Era um monumento ao fetichismo!
Antônio era Corretor de Imóveis, tinha um dia-a-dia bastante conturbado, conhecia bastante gente, acabamos até identificando algumas pessoas que conhecíamos em comum. Mas adquirimos confiança absoluta um no outro, pois também sou casado, e sempre tive a mesma fantasia. Porém, as coisas do destino colocaram-me na posição de “amigo” de casais interessantes que fui conhecendo no decorrer de minha “vida virtual”. Contei a ele um pouco de minhas experiências, ainda sem imaginar o que aconteceria no decorrer do tempo.
Combinamos um almoço certa vez, e neste almoço, apresentou-me fotos mais intimas de as esposa, fazendo-me ma proposta ousada para mim na época: Queria que eu seduzisse sua esposa sem que ela soubesse que ele tinha conhecimento.

Resisti a idéia inicialmente, não tinha interesse em mentir para ela, e tentava ajudá-lo a achar bons argumentos para contar suas fantasias a ela, e disse-lhe que poderiam ter uma vida mais saudável desta forma.

Porém, ele insistiu em sua fantasia, afirmando que o que lhe dava tesão era justamente a sensação da traição, queria sentir que sua amada, que mesmo o amando muito, sentia tesão verdadeiro por outro homem, não que apenas fizesse isso para realiza-lo. Assim sendo, ele faria tudo pra criar tal situação, fosse comigo, em quem ele confiava e preferia (gostava de meus atributos físicos), ou faria com alguma outra pessoa. Analisei a proposta, e fui pra casa pensando.
Depois de muito pensar, aceitei, e reformulei meu conceito sobre o assunto. Marcamos outro almoço, onde acertamos detalhes, ele me passou o telefone, local de trabalho, locais que ela mais freqüentava, clube, etc... Achei que o local mais interessante pra uma primeira abordagem seria o Clube onde ela fazia recreação pela manhã, pois gostava de tomar sol e pegar uma piscina, além de malhar bastante. E ele prontamente providenciou minha matrícula na academia do clube, mesmo com minha recusa, responsabilizando-se pela mensalidade! Notei o quão grande era seu interesse, e apesar de ser um pouco orgulhoso, senti-me até envolvido nesta esfera de sedução, pois mais parecia uma missão secreta. Ele ainda colocou à minha disposição um carro alugado, para futuros passeios com Andréa. Mas, por hora seria preciso.
Tudo acertado. Compareci à academia na semana seguinte, pelas 9 horas da manhã, aproveitando que estava de férias de minha Agitada vida Militar, o que me daria vários dias pra estudar os meios de conquistar aquela linda mulher. Não demorou para avistá-la entre os aparelhos de musculação, pois chamava muita a atenção , não havia um só homem que não ficasse apreciando aquele lindo par de coxas sendo malhadas para ficarem ainda mais lindas...

aproximei-me e puxei assunto, elogiando sua beleza, com um sorriso maroto, e aproveitando-me de minhas privilegiadas informações, comecei a tratar dos assuntos que mais a interessavam, sabia que ela era apaixonada por artesanato, e comentei o quão lindos eram seus brincos (sabia que ela os havia feito), arrancando-lhe sorrisos e deixando livre o caminho para convida-la para um lanche.

Já à mesa, na lancheria do clube, observava seus carnudos lábios vermelhos a sorverem o suco de laranja pelo canudinho... como invejei aquele canudinho! E como tendo percebido minha atenção aos detalhes, ela foi objetiva: -“Olha, não quero ser grosseira, você está sendo muito simpático comigo, e é um homem atraente , mas tenho que te dizer que sou casada. Não estou disponível.” Disse, de forma a tentar me desencorajar de uma abordagem mais profunda. –“Casada com um homem de infinita sorte, eu diria!” comentei. “Mas confesso que isso não me preocupa, não é pelo fato de seres uma mulher aparentemente inteligente, educada, linda, sexy e interessante que estou cheio de más intenções!” Comentei entre risos, para descontrair. E neste joguinho seguimos por quase duas horas. Ficou claro que havia interesses mútuos, e ela procurou disfarçar o quanto se perturbou, notei que não era uma mulher dada a amores fáceis. Mas em breve eu a faria mudar um pouco.

Liguei pra Antônio no dia seguinte, e ele me contou que ela estava diferente ao chegar em casa, mais amorosa, e não deixou o espelho por horas, estava extremamente vaidosa e pensativa. E foi amantíssima com ele na cama, como havia muito tempo que não era. – “Estás fazendo um bom trabalho, Ícaro! Acho que em breve teremos coisas quentes pra comentar!” Disse ele, contente. – “Bem, devo dizer que depois de provar tua mulher, vou fazer questão de te contar detalhadamente cada orgasmo que eu arrancar dela, e te mandar ela muito bem comida pra apreciares em casa.”

Alguns instantes de silêncio se fizerem, preocupei-me, achei que tivera sido grosseiro... –“Esse eu o meu maior desejo, Ícaro... Deixe-a apaixonada, seja carinhoso com ela.” Fiquei surpreso e aliviado ao mesmo tempo!
No fim da tarde, liguei para o número que ele me deu, e cantei uma canção ao telefone, mesmo sabendo o quanto sou desafinado, notei que ela ficou extremamente surpresa, e gostou da surpresa. Questionou-me quanto ao como consegui o telefone dela –“O clube é um lugar interessante para se obter informações das pessoas” disse-lhe, sorrindo, “e sempre consigo tudo o que quero, quando quero muito...” E ela, após um instante pensativa, respondeu: -“Então queres algo. Acho que sou eu, não é mesmo?” –“Não!” Respondi. –“Já és de alguém. O que quero é ser teu, apenas uma vez... de cada vez!” E deixei transparecer um tom debochado no meu riso. Marcamos um café da tarde no dia seguinte.
Após 10 minutos de conversa, já estávamos íntimos, ela era uma mulher encantadora, e amava muito o marido. Ele era digno deste amor, pois fazia todo por ela, qualquer cosa por seu bem-estar. Até providenciar-lhe um amante à sua altura... E nossa conversa tirou-me qualquer sombra de dúvidas quanto ao fato de ela desconfiar do marido, pois ela realmente não fazia a menor idéia de nosso plano, e nem suspeitava que nos conhecêssemos. E despistou da melhor forma possível, não queria que eu soubesse quem ele era para evitar expor-lhe a “humilhação”. Mal sabia ela que era justamente o que ele mais queria, ser safadamente traído por sua esposinha querida, e cheira-la inteirinha em casa após ter estado na cama com outro macho, sentir os resíduos de um boa foda dada nela por outro homem.

Sentei-me ao seu lado, e quando aproximei-me para beija-la, pois sabia que ela não resistiria, deparei-me com uma cena que me preocupou... Um conhecido meu e de seu marido, eu se nos visse, fatalmente poderia comprometer o sigilo que nós três queríamos, entrou no bar, mas sem nos perceber. Saímos antes eu nos percebemos, e devido ao avançado da hora, marcamos nosso encontro para outro dia. Escolhi um lugar absolutamente seguro para nós todos, e informei Antônio, a pedido dele. Ele resolveu ir ao local, disse que queria ver escondido o primeiro beijo de sua amada com outro homem desde que se casaram, havia 5 anos.

Chegada a hora marcada, aguardei sua chegada num Café, num museu de Porto Alegre. Quando a vi entrar, mal pude crer na beleza com que me deparei. Aquele corpo mignon, sua pele alva de tratos morenos, bem maquiada e num vestido misturando preto, vermelho e branco de num bom gosto como jamais vi, levaram-me ao encantamento. Seria hoje a consagração de nossas fantasias.
Convidei-a a sentar, tomamos um bom capuccino, que em nada combinou com a taça de vinho branco que dividimos. Foi quando percebi onde ele estava, sentado no balcão da cafeteria, do outro lado, tomando um whisky, nos observando discretamente, de óculos escuros de difícil de ser reconhecido até para mim que já o procurava desde que cheguei. Não resisti, e aproximei-me dela, acariciando seu rosto (neste momento notei que Antônio chegou a inclinar-se para ver-nos melhor!), puxei minha cadeira para o lado dela, e beijei-a suavemente, passando de forma quase imperceptível minha língua pelos cantos de seu lábio. Senti que ela chegou a contorcer-se, ele estava visivelmente excitada. Era o momento de convida-la para sair. Foi quando lembrei!

Ela estava de vestido, e eu estava de moto... como faríamos? Mas nem isso impediu nossa vontade de irmos “a um local mais reservado”. Convidei-a a sair dali, e ela aceitou.

Quando falei do fato de eu estar de moto, ela sorriu, agarrou a beira do vestido, e levantou-o pelo meio, mostrando que nada nos evitaria. Sorri, beijei-a pegando-lhe pela mão, e fomos ao estacionamento, já na moto, ela ergueu seu vestido de forma desavergonhada, mostrando suas lindas coxas bem torneadas e fortes, que envolveram meus quadris na moto, o tesão me consumiu.

Notei que quando saia do estacionamento, Antônio vinha discretamente, caminhando a pé pela calçada, e passei por ele com um sorriso de canto de boca, notei que ele estava contente com a situação, olhando pasmo e encantado. Ela não o notou, pois estava concentrada demais em nossas idéias.

Chegamos ao motel minutos depois, onde já na chegada, nos embrenhamos entre beijos, abraços e amasos, enchi as mãos naquela bunda maravilhosa, prensando seu corpo contra a parede, beijando seu pescoço e seus peitos maravilhosos. Puxei as alças de seu vestido, exibindo um lindo par de seios, que não eram grandes, mas eram lindos e muito durinhos e empinados. Os mamilos eram pequenos, e estavam rijos como morangos, deliciosamente vermelhos, e pareciam espetar minha língua. Ela estava ansiosa, foi abrindo minha camisa e ajoelhando-se aos meus pés, abrindo minha cita.

Enfiou desavergonhadamente a mão em minha cueca, puxando meu membro que já estava totalmente melado de tesão, para fora da cueca, entre suas delicadas mãos, e pude sentir a aproximação de seu hálito, quente como o inferno, e abocanhou deliciosamente meu pau, deixando-me em estado de êxtase.

Meu dote é médio, não sou um super-homem, mas naquela situação, fiquei monstruosamente excitado, devo ter beirado os 20cm de dote, ela sabia enlouquecer um homem. Agarrei-a pelos cabelos e a ergui, de costas para mim, beijando e mordendo sua nuca, enfiando a mão por baixo de seu vestido despindo-lhe de sua pequena calcinha. Desci às suas pernas, e beijei-lhe as coxas, subindo com a língua entre elas, até chegar ao vale de sua bucetinha, já encharcada, e suguei o que pude...

Me levantei, joguei-a sobre a cama, onde ela virou-se rapidamente de bruços, empinando a bunda a te ficar de quatro, com o rosto oculto entre os lençóis. Ao ver aquela mulher daquele jeito, pensei em Antônio... Queria que ele pudesse ver sua linda esposinha assim, daquele jeito, de quatro empinando a bunda e a bucetinha que ele tanto amava pra outro macho, envergonhada e com tesão ao mesmo tempo... De imediato, coloquei rapidamente uma camisinha que estava sobre a cômoda do motel, e debruçando-me sobre as costas dela, beijei e mordi sua nuca, deixando meu membro escorregar lenta e suavemente para dentro dela. Senti seus gemidos abafados pelos lençol, e comecei um suave movimento de vai e vem. Foi então que senti seus soluços, imaginei que fosse gozar rapidamente, mas não era bem isso... Chorava: -“Não acredito que estou fazendo isso com ele... Eu o amo tanto, sou uma cretina, não acredito...”

Empurrei seus quadris para baixo, deitando-a e deitando sobre ela, abracei seu corpo por trás, encostando meu rosto no dela – “Não, meu amor. Não estás sendo injusta. Estás seguindo o desejo do teu corpo, e tenhas certeza de que tua felicidade neste momento, o fará feliz. Sabes a mulher maravilhosa que tu és, ele também. Ame-o, e cuides dele sempre. Mas cuides de ti, e te ames.

Te permitas sentir o que isso tem de bom, não te deixes levar pelo falso moralismo desta sociedade que finge não sentir o que sente...” E agarrei seus braços, penetrando-a bem fundo, em umas três estocadas. Ela deu um forte gemido, e gozou fortemente, ao ponto de expulsar meus pênis de dentro de sua gruta, contorcendo-se muito.

Virou-se de frente pra mim, e me puxou, num papai e mamãe divino, erguendo bem as pernas, pra que eu fosse bem fundo. O que se seguiu foi uma seqüência de insanidades, nem lembro de todas as posições em que nos comemos, troquei de camisinha umas 4 vezes sem gozar, e ela tentou chupar-me até gozar duas vezes, mas tenho ereção prolongada, isso não aconteceu.

Por fim, na beira da cama, ela quase de joelhos no chão, e eu por trás, semi-agachado, estoquei-a por trás até gozar, enchi muito a camisinha, que tirei cuidadosamente para não romper... Ela, desfaleu sobre a cama, parecia cochilar, meio tonta... Estava toda inchada, pois transamos por quase duas horas ininterruptamente. Não fizemos anal, me lembrei... Mas não nos fez qualquer falta, estávamos extasiados.

Olhei sua bolsa ao lado, Andréia estava apagada. Dei um nó na camisinha cheia de sêmen, e escondi num cantinho de um bolso externo da bolsa, pois notei que ali ela não mexia. Era meu presente pra Antônio. O motel era muito bom, extremamente discreto e seguro. Pedi por interfone uma rosa, fiz um bilhete dizendo que um táxi a estaria esperando quando acordasse. Saí, pois não queria que ela se sentisse constrangida ao acordar, sabias que ficaria, e nem poderia me olhar. Deixei-a a vontade, cobri seu corpo, e saí. Na verdade, fiquei de campana em frente ao motel até que fosse embora, para certificar-me de sua segurança, e fui embora.

Adorei a experiência, foi demais... Liguei pra Antônio minutos depois que ela saiu. –“Meu querido, ela deve estar chegando, seja muito gentil, está sensível. Contenha-se, não transe com ela hoje, está... Sensível. Mas tem um presente pra ti no bolsinho externo da bolsa dela. Ela fez com todo o carinho pra você... (rindo).”
“Ícaro... Muito obrigado, tu realizou meu maior sonho... Vamos fazer isso outras vezes, não vamos?” Perguntou-me, apressado. –“Espero que sim Antônio, sempre que quiseres, e que ela quiser... Vamos ver como ela vai reagir daqui pra frente.”

Conversamos um pouco mais, e marcamos um encontro onde eu lhe daria todos os detalhes. Todos ficamos realizados, embora ela um pouco confusa. Mas nos próximos relatos, mostrarei que ela pegou bem o espírito da coisa. Abraços aos queridos apreciadores e maridos “especiais” para suas esposas!